Com uma exibição acima da média a que tem vindo a oferecer aos adeptos da águia ao perito, o Benfica conseguiu operacionalizar uma exibição de bom recorte desportivo, ainda que sem conseguir uma vitória, que esteve ao alcance mas que fugiu nos pormenores.
Na primeira hora de jogo tudo podia ter acontecido, de muito mal para o Benfica, se o Ajax não tivesse dado uma “ajudinha”, porquanto marcou três golos mas não conseguiu passar do 2-1.
Isto porque, depois de Tadic (18’) ter aberto o activo para os holandeses, foi o próprio Ajax (26’), por intermédio de Haller, que fez o empate, ao desviar para a sua própria baliza a bola rematada por Vertonghen para o miolo da pequena área, onde se encontrava.
Uma desatenção que podia ter dado outro caminho.
Mas a “vantagem” benfiquista depressa se desvaneceu quando (29’) o Ajax voltou ao comando marcador depois de Haller ter aproveitado uma defesa de Odysseas, largando a bola para a frente, onde surgiu o atacante holandês a fazer a recarga com êxito.
Neste espaço de tempo, a bola foi circulando com menos perigo, até que (44’) Álvarez chegou-se à frente para fazer a recarga a uma bola desviada pela defesa benfiquista e para a frente, tendo o atacante visitante chutado forte mas contra o poste.
E quase ao cair do pano da primeira parte, Grimaldo falhou o controlo da bhola na sua área, onde surgiu Antony a rematar forte, bola que Odysseas conseguiu defender e passar perigo.
No segundo tempo, o Benfica apresentou-se com outra disposição e Rafa e Darwin começaram a carrilar melhor, ainda que sem conseguirem golos, que podia ter acontecido (60’) quando Rafa contra-atacou e adiantou para Darwin mas este não chegou a tempo de poder rematar.
No minuto seguinte, Darwin rematou de fora da grande área mas a bola saiu ao lado da baliza, tendo respondido o Ajax com dois lances de golo feito, mas que não se concretizaram.
Mazraoui (63’) teve oportunidade para criar perigo, em que obrigou Odysseas a defender bem, mas (66’) o mesmo jogador evitou um golo para o Benfica, ao tomar conta da situação criada.
Em dois minutos (67’ e 69’) cada equipa reclamou uma grande penalidade, que o árbitro e o VAR não atenderam.
Depois de ter entrado (62’), Yamrechuk acabou por ser o herói do jogo ao apontar o golo do empate para o Benfica, entrando de cabeça pelo meio da defesa, meia-desfeita do Ajax, e bateu o guardião do Ajax.
Mais intensivo no segundo tempo, mostrando mais atitude competitiva, o Benfica bem tentou chegar ao golo do triunfo, mas não conseguiu e ficou marcado para Amesterdão, no jogo da segunda mão, a decisão de quem se qualificará para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.
O empate benfiquista também foi bom para Portugal, no que se refere da Ranking da UEFA, onde corre o risco de, para 2023/2024, poder ter menos uma equipa nesta competição.
O Benfica rematou muito mais (17-11), se bem que para a baliza a supremacia fosse do Ajax (8-4), numa posse de bola de 60/40% também para os visitantes.
No outro encontro desta quarta-feira, o Atlético de Madrid recebeu o Manchester United e não foi além de um empate (1-1), com João Félix (7’) a marcar para os madrilenos e Elanga (80’) a alcançar o tento britânico.
Se nos remates o Atlético esteve na frente (13-7, ainda que 1-2 para a baliza, o que é muito pouco), na posse de bola os ingleses foram superiores (64/36%).