Numa partida em que atacou mais, rematou mais à baliza e teve ainda superioridade na posse de bola, o Sporting voltou a bater o Benfica e levou para Alvalade, tornando-se o Campeão de Inverno de 2022.
Ante um Benfica algo apático desde o início, ainda que o ritmo de jogo tivesse atingido níveis elevados, a verdade é que os encarnados, mesmo tendo-se adiantado no marcador (primeira parte), não aguentaram a pressão sportinguista, que acabou por alcançar o quarto triunfo em seis presenças na final, desde que se iniciou a competição (época de 2007/2008), no que foi a 14ª edição da Taça da Liga.
O Sporting esteve sempre na frente, mais perigoso, e a meio da primeira parte já tinha contabilizado seis remates contra um do Benfica, precisamente aquele que (23’) foi disparado por Everton, a passe milimétrico de Grimaldo, que deu origem ao primeiro golo do desafio, depois de falhas de marcação da defesa sportinguista.
Dois minutos depois (25’) Gonçalo Inácio teve oportunidade de marcar, com uma cabeçada bem colocada, mas Odysseas defendeu a soco, numa altura em que as várias picardias dentro do relvado se tinham iniciado e levado quem estava nos bancos de suplentes a saírem dos seus lugares e protestarem junto à linha.
Actos que se tornam recorrentes em vários jogos e em que os árbitros fazem vista grossa, não intervindo de forma disciplinar, o que continua a descredibilizar o futebol nacional, sem ninguém responsável tome as devidas decisões.
Mantendo a liderança atacante, os leões tiveram outra oportunidade para empatar (37’), com Sarabia fazer um centro-remate na direcção da baliza benfiquista, onde Odysseas voltou a estar a grande altura e a evitar o golo.
Numa luta mais física do que técnica e mental, o Benfica completou o primeiro tempo ma situação de vencedor.
O segundo tempo iniciou-se, na prática, com o Sporting a chegar ao empate, com um golo marcado (49’) por Gonçalo Inácio, de cabeça e no seguimento de um pontapé de canto excelentemente guiado, saltando mais alto do que toda a defesa benfiquista, e batendo Odysseas sem apelo nem agravo, altura em que os ânimos voltaram a aquecer dentro e fora do relvado.
Ainda que continuando a dominar, o Sporting só aos 73’ conseguiu voltar a fazer perigo junto da baliza benfiquista, quando Paulinho, que recebeu a bola de Matheus Reis, rematou, com estrondo, à barra, fugindo a bola da zona de perigo.
Nova insistência do Sporting (76’) com Pedro Gonçalves a esgueirar-se até à linha final, mas Lázaro afastou o perigo, tendo sido necessário apenas mais dois minutos para que os leões dessem a volta ao resultado, quando chegaram ao segundo golo.
Num passe longo, Porro, ainda dentro do seu meio campo, lançou a bola para a grande área do Benfica, onde surgiu Sarabia sem marcação por perto, dominou a bola e fuzilou a baliza de Odysseas de forma a fazer o 2-1, ante nova apatia da defesa benfiquista, que se ficou pelas covas, dado que Lázaro e Morata ficaram para trás.
Nos dezasseis minutos que se seguiram, até terminar o encontro, voltaram as faltas de educação e de ética dos elementos sentados nos bancos de suplentes, com excepção para os técnicos principais, concluindo-se o jogo com o triunfo do Sporting.
Uma vitória justa para quem mais porfiou na procura do título.