Ainda que tivesse definido uma estratégia vencedora, como tem sido habitual – na qualidade de campeão em título – Ruben Amorim não teve em conta algumas debilidades que podiam estragar a festa, o que se verificou, perdendo em Alvalade frente ao Sporting de Braga, depois de uma caminhada ganhadora.
Para além do mais, esta derrota caseira, pode causar mais ansiedade – agora que se aproxima a final four da Taça da Liga Allianz – a juntar aos seis pontos perdidos em dois jogos (Santa Clara e agora Braga), em nítido benefício do Benfica, que está a apenas três pontos, numa altura em que se aproxima também o F.C. Porto-Sporting (11 de Fevereiro), onde o campeonato poderá definir o novo campeão.
Numa partida em que dominou em termos globais (62/38% de posse de bola, com 13-9 remates, dos quais 4-3 para a baliza), os leões não demonstraram “fome” suficiente frente a uns bracarenses transformados para evitar avolumar as derro9tas ante o Sporting e, por outro lado, com a felicidade que a própria equipa leonina proporcionou nos erros cometidos, que originaram os dois golos da equipa de Carvalhal, neste jogo na bancada, devido a castigo.
Para um jogo de 90+9’, os leões só fizeram quatro remates direccionados para a baliza, de onde resultou um único golo, ao contrário do Braga que rematou três vezes e fez dois golos.
Gonçalo Inácio não esteve nos seus melhores dias e acabou por ser o “pivot” das falhas cometidas, precisamente em duas (das três) oportunidades em que o Braga marcou.
A falta de eficácia leonina (depois de se ter colocado no comando com um golo de Pedro Gonçalves, validado pelo VAR, aos 24’) foi flagrante após a grande penalidade que Galeno converteu (52’),de onde começou a surgir um certo desencanto com o passar do tempo, aproveitando o Braga para chegar ao 2-1 (90+6’) por intermédio de Gorby, que disparou de fora da área, forte e levando a bola a entrar quase junto ao poste, invalidando o voo iniciado por Adán.
Quer dizer que o Sporting, como se referiu, tem agora apenas três pontos de vantagem do Benfica (quando tinha 9 há duas semanas atrás) enquanto se aguarda pelo F.C. Porto-Famalicão deste domingo para se ficar a saber se ficará a seis dos portistas.
Neste sábado, em que os visitantes arrasaram os visitados, o Santa Clara foi vencer (2-0) a Moreira de Cónegos, com golos marcados por Ricardinho (45+2’) e Mohebi (85’), numa partida em que os da casa tiveram mais posse de bola (56/44%), com 11-10 remates, dos quais 3-3 para baliza.
Sabendo controlar o jogo e estar atento às oportunidades, os açorianos foram mais “espertos” que os moreirenses, que até viram Steven Vitória a ser expulso a seis minutos do final da partida.
No Tondela, 2- Vizela, 3, o Vizela foi sempre mais perigoso e oportuno, acabando por responder muito bem aos tondelenses, que abriram o activo (12’) por Salvador Agra (a passe de João Pedro) tendo o Vizela empatado (16’) por Cassiano, o jogador com maior evidência na partida, até porque marcou dois golos.
Guzzo (72’), na conversão de uma grande penalidade recolocou o Tondela no comando (2-1), chegando-se ao intervalo.
No segundo tempo, Guzzo (72’) empatou a partida (2-2) e Cassiano, de novo (87’), marcou o terceiro golo para o Vizela, confirmando um triunfo que assenta bem e que foi uma excelente ajuda para tentar sair da zona de despromoção, ainda que tenhamos apenas 19 jornadas (das 34) completas, do que se aproveitou também o Santa Clara.
No encerramento desta ronda, este domingo, jogam Marítimo-Belenenses e Guimarães-Estoril (15h30), Gil Vicente-Portimonense (18h) e F. C. Porto Famalicão (20h30), com os portistas a terem oportunidade para aumentar a distância que o separa do clube de Alvalade.
