Benfica e Sporting, que partiram em desvantagem relativamente ao F. C. Porto – que jogou primeiro, numa curiosa forma de ser ético, transparente e íntegro – acabaram por proporcionar um jogo que redundou numa expressiva derrota do clube da Luz, que se “apagou”, com a 13ª jornada a deixar marcas.
Ainda que tivesse dominado no âmbito da posse de bola (67/33%), os benfiquistas foram inferiores nos dois capítulos que decidem os jogos: os golos. No total de remates (11-14) e nos que foram directos para a baliza (3-5), o Sporting ganhou a frente de batalha e, por isso, fez jus ao triunfo algo lato numa partida entre dois dos baluartes mais significativos do desporto português.
E quando assim acontece é comum não haver discordâncias de grande porte, pese embora haja sempre várias equações para justificar seja o que for.
Entrando com maior pujança, aproveitando jogar ante o seu público, o Benfica acercou-se da baliza à guarda de Adán mas não deu andamento concreto com visto a colocar-se no comando do marcador, o que foi aproveitado (8’) pelo rival depois de um contra-ataque (a grande arma dos leões neste jogo, tacticamente quase perfeito para quem joga fora de portas) assaz certeiro, com Pedro Gonçalves a lançar Paulo Sarabia que, entre os defesas André Almeida e Lázaro, rematou forte para o fundo da baliza, sem que Odysseas tivesse hipótese de reagir.
No que foi a 12ª vitória consecutiva dos leões nesta Liga Bwin, Pedro Gonçalves tentou (39’) surpreender Odysseas com um remate forte mas o guardião benfiquista ainda conseguiu desviar a bola para o poste, perdendo-se depois a finalização.
Seis minutos volvidos (em cima dos 45+1’), Paulinho fez o gosto ao pé, depois de lançado por Sarabia (o grande motor de arranque para todas as jogadas de perigo elaboradas pelo Sporting), infiltrando-se por entre a defesa e disparar para meter a bola na baliza, sendo que o VAR não validou o golo por se encontrar na situação de fora de jogo.
Com o Benfica a defender quase sempre com pouca convicção, o Sporting ganhou quase sempre neste embata ataque-defesa, quer na primeira como na segunda parte, no que resultou a vantagem alcançada no final.
No segundo tempo, o Benfica reclamou (52’) uma possível grande penalidade cometida por Neto, mas o VAR esclareceu que o corte do defesa leonino foi feito de acordo com as regras e tudo se manteve igual.
O Benfica continuou a tentar chegar ao empate e Darwin (60’), no seguimento de um pontapé de canto, cabeceou mas a bola levou a direcção do poste, por onde se perdeu.
Dois minutos depois, João Mário surgiu frente e frente com Adán mas rematou fraco e o guardião leonino barrou os intentos do ex-colega de equipa.
Na resposta – e no mesmo minuto – Paulinho fez o 2-0 (62’) que, num contra-ataque rápido e a passe de Pedro Gonçaves, que recebeu a bola de Matheus Nunes, para chegar frente a Odysseas e fazer um “pequeno” chapéu quando o guardião benfiquista saiu da sua área de conforto.
O Benfica voltou a responder com perigo (64’) mas Rafa, sem sorte, rematou forte mas a bola foi bater na trave da baliza de Adán, no que aproveitou o Sporting para (68’) chegar ao 3-0 com um golo gizado por Matheus Nunes, que pegou na bola, seguiu com ela até à grande área, fez um pequeno desvio e rematou de imediato, levando o esférico a entrar na baliza quase rente ao poste. Uma jogada de encher o olho!
Menos positivo – e quiçá também sem a felicidade que desejaria ter tido – o Benfica não conseguiu ser superior ao Sporting, este mais organizado e mais eficaz, ainda que os comandados de Jorge Jesus tivessem obtido o golo de honra (90+6’) por intermédio de Pizzi, num remate de “raiva” feito fora da grande área, levando a bola a entrar junto ao segundo poste, onde Adán não chegou.
Foi o que foi e, em vésperas dos últimos da fase de grupos da Liga dos Campeões – onde o Benfica ainda tem esperanças de se apurar para os oitavos de final – resta saber com a equipa encarnada vai reagir animicamente, conquanto o Sporting o tenha conseguido na ronda anterior.