Fica para a história, já de si não muito positiva para a Liga de Futebol Profissional, pelo que tem acontecido nas últimas épocas – quando da explosão da violência nos recintos desportivos onde se joga futebol (e para Portugal no âmbito mundial) – o que se passou na noite deste sábado no Estádio Nacional.
Sabendo-se, de antemão – ao que parece – que a equipa do B SAD lutava contra uma série de casos positivos de Covid-19, a Liga não deu a devida atenção ao assunto e terá deixado andar o “combóio”, ou negado accionar os mecanismos regulamentares e ou outros apropriados, tendentes a resolver a situação, que seria a suspensão do jogo e a tomada de uma decisão eticamente mais responsável na defesa da integridade da competição, o que teve um eco internacional que envergonha o país.
Seja pelo que for, ou fosse porque fosse, a Liga Portugal teria que estar em “cima do acontecimento” e não permitir o que se passou, porquanto tem poderes que lhe permitem “acudir” a tudo sem sair da legalidade que a legislação vigente determina.
Aliás, o grande problema que existe no país é que, quando o “fogo queima” toda a gente sai fora e é por isso que Portugal continua a perder credibilidade em vários sectores da actividade não só desportiva, como é o caso, como noutras áreas.
O tema está a “ferver”, queimará as mãos de quem (se houver “quem”) irá tratar dos “estilhaços” que estão espalhados por todo o país, face às posições públicas assumidas por outros clubes da Liga Bwin.
Quiçá também a Federação Portuguesa de Futebol que, não seja parte directamente envolvida, tem a responsabilidade de fazer a gestão de todo o futebol nacional, desde os mais jovens até aos seniores (mais ou menos amadores) e aos profissionais, ainda que delegando competências na referida Liga Portugal.
Aliás, Federação de Futebol que, face ao acontecido no Jamor, deliberou adiar o jogo da Liga Revelação em que jogava o B SAD. Estava, como sempre, atenta e em tempo real solucionou o problema surgido.
O B SAD entrou em campo apenas com 9 jogadores, porque não tinha mais disponíveis, face aos casos positivos de Covid que surgiram na equipa.
Esta situação devia ter sido analisada e solucionada ainda antes do jogo se iniciar. Ninguém decidiu a favor do Futebol e de Portugal. A “bomba” começou a aquecer, porque lhe foi retirada o mecanismo de segurança.
Avançou-se para o início do jogo. Como uma infelicidade nunca vem só, foi o B SAD a marcar o primeiro golo para o Benfica, por o seu defesa desviar a bola para a sua baliza. E a goleada foi crescendo até ao 0-7 para os encarnados.
Chegou o intervalo, houve descanso, mas o regresso ao campo demorou mais do que o regulamentado, ainda que o B SAD apenas se apresentasse com 7 jogadores, o mínimo para que o jogo fosse validado. Logo após o pontapé de recomeço, outro jogador lesiona-se, não consegue recuperar e a equipa de Lisboa ficou com 6 jogadores. De pronto, o árbitro terminou a partida como determina o regulamento.
Os passos seguintes, e em função do relatório do árbitro, vão determinar a sanção a aplicar, que implica uma derrota por inferioridade numérica, que pode corresponder à perda de pontos e a uma sanção de ordem financeira.
Antes disso, terá que ser aberto um processo de inquérito com base no descrito no relatório do árbitro, que poderá levar a outras situações se se provar que possa existir outras causas com efeitos na competição.
Para já, o “céu está nublado” e sabe-se, pela prática repetida, que cada processo demora tempo de mais para se fazer justiça na hora. Um “bico-de-obra” que já cheira a “esturro”.
A ver vamos.
Esta 12ª jornada iniciou-se com o Moreirense, 2 – Gil Vicente, 2, numa partida em que os “galos” de Barcelos dominaram do ponto de vista da posse de bola (62/38%) e ainda nos remates para a baliza (8-4), ainda que não fosse competente para vencer.
Yan (49’) abriu o activo para os donos da casa, tendo Samuel Lino empatado (68’) e Fran Navarro colocou o Gil a vencer (77’), seguindo na dianteira. Steven Vitória (90+6’) conseguiu o empate a duas bolas.
O Portimonense foi vencer (3-0) a casa do Famalicão, ainda que na posse de bola (55/45%) e remates (20-6) a supremacia dos famalicenses foi grande, sem que conseguisse dar prática a essa vantagem, por um lado por ter feito apenas dois remates para a baliza adversária.
A “culpa” foi de Penetra que (23’) fez um auto golo, aproveitando Carlinhos (39’) para fazer o 2-0 e Aylton Boa Morte fechar a conta (3-0) aos 70’. Contra factos não há argumentos.
No Arouca, 2 – Boavista, 1, os donos do campo avançaram para o 1-0 logo aos 11 minutos, com um golo de Dabbagh, sofreram o empate por Petar (54’) mas Antony Santos (90+1’) arrancou o triunfo caseiro.
Na posse de bola (54/46%) e nos remates opara a baliza (6-2) o Arouca foi melhor e o triunfo-se ajustou-se a essa superioridade.
Este domingo, Marítimo-Paços de Ferreira (15h30), Sporting-Tondela (18h) e F. C. Porto-Guimarães (20h30) são os jogos que se seguem. Segunda-feira será a vez do Estoril-Santa Clara (20h15) e, na terça, o Sporting de Braga-Vizela (20h15).