Em 13 de Novembro de 2020, neste mesmo local, publicou-se o artigo onde se divulgava que do primeiro “recorde” de casos positivos (1.278, em 8 de Outubro de 2020) se passara para os 4.935 (com 82 mortos) em 11 de Novembro, Dia de São Martinho, quando o país entrou em Estado de Emergência.
Um mês depois, novos recordes (5.080 casos positivos e 95 mortos) surgiram nos escaparates noticiosos, que aumentaram para 16.432 e 303, pela mesma ordem, em 28 de Janeiro de 2021, no que foi a mais alta escala verificada, tendência que foi diminuindo gradualmente até 14 de Junho, quando se chegou a 388 casos e 2 mortos.
Sol de pouca dura, porquanto a partir de 16 do mesmo mês, o gráfico voltou a subir aos 1.350 e 6 mortos (16 de Junho), numa escalada que chegou aos 2.830 casos e 9 mortos (2 de Setembro), com um R(t) de 0,96, ou seja, menos de um infectado por pessoa.
Passada a segunda vaga, Setembro e Outubro de 2021 foram meses de relativa acalmia, o que redundou no término da “Task Force” criada para “acertar as agulhas” no combate forte e feroz à pandemia, sob o comando de um Oficial General, que teve um comportamento excepcional – com os militares nunca se brinca, como se disse sempre, face a um estatuto que não permite que se “torça” nem “vergue” seja para quem for – que levou Portugal a um inacreditável, inaudito e inédito crédito mundial, ao vacinar 85% da população, que levou a comunidade internacional a dar como exemplo precisamente este desiderato produzido por muita gente mas liderado por um pequeno grupo de militares que soube tornear todas as dificuldades e concluir a missão com o brilho que todos reconhecem.
Um fim que foi tudo menos pacífico, mais a mais porque a gripe estava à porta e o cruzamento com a covid-19 – nas variantes mais recentes – podia deitar tudo a perder se não fossem tomadas decisões precisas e concisas para evitar um possível “choque” de vírus.
O que se tem visto nos últimos dias é que os casos positivos voltaram a aumentar e chegaram, neste dia 11 de Setembro de 2021, tal como à um ano, a atingir 1.477 casos positivos, com 9 mortos e com um índice de transmissibilidade (R(t)) a chegar aos 1,12 por 100.000 mil habitantes, o que não se via desde 16 de Julho passado.
Com estes dados e com o arrefecimento da temperatura nestes últimos dias – numa altura em que algumas unidades hospitalares públicas já estão a sofrer forte pressão junto da Urgência Médica – é bom que cada cidadão se cuide e não descure as regras básicas que têm sido seguidas, face ao avolumar de casos positivos.
A vacinação ainda não terminou, pelo que urge seguir à risca as instruções para o efeito e, com isso, tentar parar a contagem crescente que está a ser divulgada todos os dias.
Pelo menos nesta área da divulgação das estatísticas diárias, a Direcção Geral de Saúde está a trabalhar bem.
Cabe aos cidadãos cumprir a sua parte: vacinando-se e não descurar as suas autodefesas.