Num jogo em que partiu com muita velocidade, o Benfica quis resolver o resultado cedo, tanto que abriu o activo ao segundo minuto, quando Lucas Veríssimo anichou a bola na baliza do Estoril, num acto bem gizado.
Ainda assim, depressa se entendeu – e até projectou – que a jogar assim podia ter alguma surpresa pelo caminho, isto é, poderia não ganhar ao Estoril Praia, porquanto este nunca deixou de dar luta.
Com um mero golo de vantagem e ainda que tenha rematado mais (15-8, dos quais 7-2 para a baliza adversária), o Benfica não aproveitou a posse de bola favorável (60/40%), pelo menos par a garantir um triunfo que o deixaria, como estava, isolado na liderança da competição.
Bem tentou segurar o esférico mas os estorilistas, confirmando que não são 4ºs classificados por acaso, não deixaram de lutar, pelo menos, para chegar ao empate, o que se verificou quando, Rosier (90’), introduziu a bola dentro da baliza de Odysseas, fixando o resultado final em 1-1.
Por seu lado, o F. C. Porto, jogando em casa, aproveitou da melhor maneira o vento de feição e goleou um Boavista algo apático, que permitiu que Luis Diaz (21’) chegasse ao primeiro golo.
Reagiram os boavisteiros, que empataram (30’) por Hamache, no que foi o “despertar” para os portistas marcarem mais dois golos de rajada (41 e 47’), ambos da autoria de Evanilson, que colocaram o Porto a vencer (3-1) até ao intervalo.
Com um total de 18-8 em remates, dos quais 11-3 para a baliza adversária, a que juntou a percentagem de 72/28% na posse de bola, por certo a supremacia dos azuis e brancos nunca esteve em equação, pelo que, no segundo tempo, chegaram ao 4-1 com um golo obtido (90+6’) por Danny, um britânico em estreia neste jogo.
Nesta segunda parte da 10ª ronda, a maior pressão assentou sobre os ombros da equipa de Sérgio Conceição – a primeira a entrar em campo – que não tinha termo de comparação com os jogos que se seguiriam, onde estiveram envolvidos o Benfica e o Sporting.
Por obra e graça de qualquer Deus, foi o Benfica que mais sofreu (perdeu a liderança e ficou a um ponto dos Leões e dos Dragões), notando-se, uma vez mais, a falta de ética, transparência e integridade nesta competição desportiva, onde quem manda é o factor financeiro e não desportivo.
Se os jogos se tivessem realizado em simultâneo – como justificam as regras éticas – os resultados poderiam ser outros e, logo, a classificação também poderia não ser como está.
Mas como o Futebol está sempre à parte, continuará à parte.