Num jogo do empata-empata (estatística quase idêntica nos principais itens), o Sporting acabou por derrotar um dinâmico Vitória de Guimarães pela margem mínima, onde Coates voltou a ser o marcador de serviço.
Ainda que tenha aberto as “hostilidades” cedo, quando Pedro Gonçalves criou (5’) condições para ter o golo nos pés e com a baliza aberta, a verdade é que os leões encontraram dificuldades iniciais pelo facto de os vimaranenses jogarem alto, isto é, com pedras no meio campo sportinguista, por forma a tentar abortar qualquer tentativa dos leões em chegar-se a Bruno Varela, que esteve excelente na baliza do clube da cidade do fundador do país.
Tanto que (11’) foi Adán que safou dois golos, com defesas a soco, para tirar a bola da sua área de intervenção plena, com os leões a serem lentos na actuação.
O Sporting respondeu sempre e aos 18 e 19’ criou duas oportunidades mas com a bola a ser afastada para canto, com Coates a não conseguir acertar no alvo.
Pouco depois (27’), Pedro Gonçalves isolou-se, a passe de Paulinho, e a bola entrou na baliza, ainda que o golo não tivesse sido confirmado, porquanto o VAR deu sinal de fora-de-jogo, sem margem para dúvidas.
Mas este foi também o sinal de que o golo estava eminente, porquanto (31’), no seguimento de um canto marcado por Sarabia, a bola tabelou na cabeça de Paulinho (colocado perto do 1º poste) e desviou-a para a cabeça de Coates que, pela quarta vez, acertou em cheio no lado direito da baliza, fazendo o 1-0, que se justificava.
Dois minutos depois do Sporting esteve à beira de chegar ao 2-0, que não surgiu, tendo replicado o Guimarães de imediato com Bruno Duarte a chutar a rasar o poste.
Novo canto para os leões (40’) com Sarabia a levantar a bola para Coates que cabeceou para as mãos do guarda-redes Bruno Varela.
No segundo tempo, Matheus Nunes (46’) surgiu só frente à baliza (desguarnecida) do Vitória e atirou ao lado, depois de receber a bola remetida por Pedro Gonçalves.
Alguns jogadores do Sporting (56’) levantaram o braço a reclamar uma grande penalidade, mas a bola, rematada por Palhinha, bateu no peito do defesa Helder Sá, ainda na zona perto do braço do referido jogador.
O Guimarães, que tinha ficado “debilitado” tacticamente por não ter conseguido aproveitar a pressão feita aos leões no decorrer do primeiro tempo, voltou a insistir, tendo o Sporting avançado mais solto, se bem que os golos ficaram “congelados”, por falta de pontaria ou por defesas do guardião Bruno Varela.
O Sporting também foi perdendo qualidade nas jogadas, remetendo-se mais ao meio campo, fazendo a bola circular, ainda que, em termos estatísticos, o jogo acabou por ser muito igual: 12-12 em remates, 4-2 para o Sporting nos que foram para a baliza, numa posse de bola de 51/49º, tendo-se confirmado o equilíbrio quase total.
De registar o “calafrio” por que passou a baliza do Sporting, quando Adán (77’) se viu obrigado a agarrar a bola, no chão, quando o avançado Estupinán criou perigo já perto da própria linha de baliza, depois de os leões quase terem desistido de tentar marcar mais um golo.
Resultado justo e sem problemas de maior.
De salientar que estiveram no Estádio José Alvalade 21.472 espectadores, o melhor número nesta época, numa partida em que a chuva se fez sentir com alguma intensidade.
Um bom ensaio para o Sporting-Besiktas da próxima quarta-feira, para a Liga dos Campeões.
Sob a direcção do árbitro Rui Costa (Porto), as equipas alinharam do seguinte modo:
Sporting – Adán; Gonçalo Inácio, Coates e Feddal; Porro (Daniel Bragança, 89’), Palhinha, Matheus Nunes (Tabata, 89’) e Matheus Reis; Sarabia (Nuno Santos, 69’), Paulinho (Ricardo Esgaio, 89’) e Pedro Gonçalves (Ugarte, 79’).
Guimarães – Bruno Varela; João Ferreira (Sacko, 76’) Borevkovic, Mumin e Hélder Sá; Tiago Silva (Estupinán, 57’), Handel e André André (Janvier, 67’); Edwards, Bruno Duarte (André Almeida, 57’) e Rochinha (Quaresma, 67’).