Segunda-feira 24 de Novembro de 4786

Sporting e F. C. do Porto com “estrelinha” salvadora na Liga BWIN

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Paulo Alfar / CN

Sporting (90+8’ e de grande penalidade) e F. C. do Porto (90’ com um golo em folha seca), cintilaram nos últimos momentos dos encontros da Liga Bwin, altura em que conseguiram um “salvador” golo para se adiantarem definitivamente no marcador, a tempo de manterem o líder Benfica sob controlo.

Foram demasiados “arrepios” que pairaram sobre o Estádio José de Alvalade e sobre o Estádio do Gil Vicente, onde sportinguistas e portistas sofreram demasiado – por vezes por culpa própria – para afastarem o espectro de mais um empate, o que os poderia colocar a seis pontos se o Benfica vencer, este sábado, o Vitória de Guimarães.

Em Alvalade, o Sporting entrou a “100 à hora” mas encontrou sempre dificuldades para progredir para a baliza contrária, ainda que, o Marítimo tenha feito frente de forma simples, isto é, fechando todos os caminhos que podiam levar a bola a criar perigo na sua área.

O que se comprova pelos 72/28% de posse de bola por parte dos leões, que redundou em 25 remates (contra 4) que foram para a baliza madeirense, sendo que os maritimistas nem sequer acertaram com a baliza, para onde o Sporting rematou sete vezes (duas na trave e uma no poste), ainda que desse no tal golo “salvador” aos 90+8’, de grande penalidade, a castigar uma falta grosseira do guardião da equipa da Pérola do Atlântico sobre Jovane, com Pedro Porro a rematar fora do alcance do novel “guardião”.

A formação leonina continua a padecer de objectividade (não sabem para onde vão e como o devem fazer), além da inexistência da maturidade para “aguentar” este tipo de barco – ultrapassada a fase de “noivado” da época passada, em que se sagraram campeões nacionais pela 19ª vez), criando uma surpresa interessante, mas que só dá uma vez na vida.

Como se costuma dizer, quem não tem arte nem manha não se arreganha!

Muitos passes transviados, bola passada com velocidade demasiada, que obriga os jogadores a correr para o “boneco”, ficando com maior desgaste, com o tempo a passar e o nervoso a aumentar.

O técnico leonino começou as substituições (57’) que não provocaram grande mudança de atitude em campo nem coesão e coerência em jogadas com princípio, meio e fim, porque poucas, sobrecarregando ainda mais o estado físico e mental da maioria dos jogadores, porque jovens e já com ausência de alegria de jogar. O que está associado às exibições menos conseguidas, ainda que com resultados positivos.

A determinada altura verificou-se ainda que havia muitos pés “esquerdos” e que ou se seguia pela “esquerda” ou as jogadas não davam certas porque, se fossem pela direita, teriam que “afunilar” para o centro para poderem rematar, deixando a “direita” sem passagem.

Por outro lado, o Marítimo deu sempre luta, nunca baixou os braços, jogou em zona curta, sempre à vista dos jogadores leoninos, o que permitiu chegar primeiro à bola e barrar os leões que, por isso, foram forçados a recuar mais para tentarem nova jogada de princípio a fim.

Antes de ser expulso, o guardião Paulo Victor negou ainda (89’) um possível golo aos leões, quando, em desequilíbrio, estivou a perna esquerda e, com o pé, desviou a bola para longe da zona de perigo para a sua baliza.

A estrelinha da época passada, como Ruben Amorim citou muitas vezes ao longo do campeonato anterior, parece ter voltado para junto da equipa, aguardando-se os próximos passos, pelo menos até Janeiro de 2022, quando haverá nova janela de oportunidade para se poder melhorar a equipa.

No Estádio Cidade de Barcelos, Taremi encarregou-se de colocar o F. C. Porto a vencer (9’), quando, na linha de meio campo, com a defesa do Gil Vicente toda adiantada, o avançado portista conseguiu conquistar a bola em luta com um defesa barcelista, adiantou-se pela linha central e rematou forte e colocado, fazendo a bola passar por cima do guardião (que estava adiantado) do Gil e fazer a bola entrar na baliza sem problemas.

Com este golo a frio, poderia pensar-se que o Gil poderia resguardar-se mais, mas foi o contrário. Lutou, lutou e conseguiu chegar ao empate (24’), depois de ter conquistado uma grande penalidade, marcada por Samuel Lino, que Diogo Costa defendeu à primeira mas a boa seguiu para junto do mesmo jogador que, à segunda, não perdoou.

O F. C. do Porto continuou a mandar no jogo (65/35% de posse de bola), que correspondeu a 16-8 em remates, dos quais 8-4 para a baliza, mas só resolveu o jogo ao minuto 89’, quando Sérgio Oliveira, na sequência de um livre directo na zona frontal entre o meio campo e a linha de grande área, fez um remate em jeito de folha seca, que levou a bola a voar por cima de toda a gente e entrar pelo ângulo esquerdo, entre a trave e a barra, da baliza do Gil Vicente.

E assim o F. C. Porto conseguiu chegar ao triunfo. Tal como o Sporting.

Este sábado, a segunda parte da ronde sete reabre com o Moreirense-Arouca (15h30), segue-se o Guimarães-Benfica (18h) e com o Tondela-Famalicão a encerrar (20h30).

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