Ainda que tivesse marcado primeiro e oportunidade para marcar pelo menos mais dois golos – a que se opôs de forma imponente o guardião portista Diogo Costa – o Sporting não deu conta do recado e, a par do F. C. Porto, ficou a quatro pontos (11) de um Benfica (15) que “canta” de Galo!
A partida não foi um primor de futebol, mas os leões deram-se melhor no primeiro tempo, porque procuraram mais rápido a baliza adversária, quando (16’) Nuno Santos, com um desvio milimétrico, com o pé, deixou Diogo Costa sem ar, porque não conseguiu cobrir o ângulo do remate, que levou a bola a entrar quase rente à parte interior do poste.
Chegando à vantagem e tão cedo, os leões começaram a sentir mais dificuldades de movimentação, por um lado que baixaram de ritmo e, por outro, porque o Porto começou a forçar o andamento à procura do empate, que podia ter acontecido poucos minutos depois, quando um defesa leonino falhou o alívio e levou a bola ao centro da área, onde surgiu um atacante portista a cabecear a poucos centímetros do poste da baliza de um Adán de boa aberta.
À passagem da meia hora (31’), Nuno Santos voltou a ter outra oportunidade de baliza aberta, quando surgiu frente a Diogo Costa e rematou quase pela certa, mas que o guardião azul defendeu para canto com um pequeno desvio com o pé.
Situação que voltou a surgir cinco minutos depois (36’), com o mesmo Nuno Santos a fazer o mesmo e Diogo também, ainda que desta vez o desvio para canto por feito com a mão, perdendo-se a “estrelinha” do momento.
Com a equipa a ficar cansada e com um rendimento não adequado, Sérgio Conceição mandou entrar (36’) duas peças mais frescas para tentar equilibrar e, de seguida, avançar para a grande área sportinguista, de que pouco resultou porque o intervalo estava perto e o descanso talvez ficasse melhor.
No segundo tempo, a situação manteve-se semelhante, o que levou as duas equipas a alteraram o xadrez (entre os 61 e os 65’) para melhor actuarem, no Sporting para aumentar a vantagem e, no F. C. Porto, para tentar chegar ao empate, para dividir o mal pelas aldeias.
Os leões começaram a sentir mais dificuldades, que levaram a um ritmo mais lento, apesar da juventude da formação, enquanto os portistas continuaram a procurar o buraco que podia aparecer a qualquer momento e chegar ao golo.
E foi o que aconteceu, quando Luís Diaz, num contra-ataque rápido feito pelo lado direito da equipa portista, conseguiu isolar-se ao responder ao centro e surgir (71’) frente a Adán para, rematando em arco, mandar a bola para o fundo da baliza, ante o esforço inglório do guardião sportinguista, equipa que sentiu o peso deste empate.
Ainda assim e dois minutos depois (73’), o Sporting voltou a ter oportunidade de chegar ao 2-1, mas Diogo Costa voltou a negar socando a bola por cima da baliza.
Em mais um despique individual, Toni Martinez (90+1’) foi admoestado com o segundo amarelo, o que levou à expulsão directa, para (90+3’) Adán ver um cartão amarelo por se meter na “confusão” que os jogadores portistas artilharam por tudo e por nada, concluindo-se o desafio com um empate lisonjeiro para os portistas.
Dos 22.000 adeptos autorizados apenas deram entrada 18.723, o que continua a confirmar que o interesse pelo futebol continua estacionário, mantendo-se as dúvidas sobre o futuro do desporto em Portugal, onde a chama, como se recorda, estava “quente” de mais, cuja pandemia os dirigentes dos clubes (incluindo a Liga Profissional e a Federação Portuguesa de Futebol) não conseguiram controlar.
Por outro lado, os potes de fumo e os petardos continuam a aumentar, com o Sporting a voltar a ter que pagar as multas correspondentes, não se sabendo como é que é possível que este material continue a entrar para as bancadas. A Segurança não está a funcionar em pleno.
De salientar que foi feito um minuto de silêncio pelo falecimento do antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, onde também se incluiu o desenlace do que foi o primeiro presidente da Liga Profissional de Futebol, João Aranha e o de Jorge Sousa, que era o Director do Departamento de Voleibol do Sporting.
De referir ainda que um adepto do Sporting, colocado no segundo nível da bancada sul, com os festejos do golo sportinguista, caiu para o primeiro nível e teve que ser transportado para o Hospital de Santa Maria.
Sob a direcção do árbitro Nuno Almeida (actuação algo periclitante e, quiçá, receosa), as equipas alinharam:
Sporting – Adán; Luís Neto, Coates, Feddal (Matheus Reis, 64’) e Ruben Vinagre (Ricardo Esgaio, 64’); Porro (Tabata, 82’), Palhinha e Matheus Nunes; Jovane (Sarabia, 61’), Paulinho e Nuno Santos.
F. C. Porto – Diogo Costa; João Mário (Toni Martinez, 64’), Pepe, Mbemba e Marcano (Grujic, 38’); Otávio, Tecatito, Uribe e Luís Diaz (Pepê, 90+1’); Taremi e Bruno Costa (Sérgio Oliveira, 38’).