{jathumbnail off} A 34ª edição da Moda Lisboa – Lisboa Fashion Week – voltou à capital com notória pujança mediática, artística e comercial, depois de um interregno passado na vizinha Cascais.
A iniciativa iniciou-se ontem e prolongar-se-á até ao próximo dia 14 (Domingo), com 22 desfiles e inúmeras celebrações paralelas. Este ano soma-se outra novidade: a Moda Lisboa irá dividir-se entre duas localizações distintas. O quartel-general está instalado no Páteo da Galé (Terreiro do Paço), complementado pelo novel Museu do Design e da Moda (MUDE), palco de cinco desfiles. Perfilados no cartaz estão nomes de criadores já conceituados, como Ana Salazar, Nuno Gama, Luís Buchinho, Katty Xiomara ou Miguel Vieira, intercalados com representantes da nova geração – Filipe Faísca, Ricardo Preto, Pedro Pedro ou Alexandra Moura.
Em plena crise económica, o certame dirigido pelos históricos Eduarda Abbondanza e Mário Matos Ribeiro mostrou estar à altura de uma metrópole que cresce nos sonhos europeus e reuniu grandes marcas em torno de si, atraindo a atenção de líderes de mercado quer no universo da estética, tendências e design (Vogue, L’ Oréal, entre outras), quer em esferas associadas ao estilo de vida urbano (Seat, Nespresso, Samsung, Sony Ericsson, Martini, por exemplo).
A entrada na semana magna da moda lisboeta ficou ainda assinalada por forte presença de meios de comunicação social portugueses e estrangeiros, estes últimos a contabilizarem-se em dezenas, demonstração clara da importância e respeito que as propostas nacionais começam a ganhar além fronteiras.
Os políticos não quiseram faltar à festa, independentemente do espectro partidário a que pertencem. O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Conde Rodrigues, o social-democrata José Luís Arnault e o presidente da autarquia de Lisboa foram algumas das figuras detectadas nas primeiras filas, de olhos fitos na passarela. António Costa revelou aos jornalistas estar radiante com o retorno da Moda Lisboa à sua proveniência e em particular ao Páteo da Galé. “Trata-se de uma forma de ajudar ao relançamento do Terreiro do Paço”, afirmou o edil. Assim, António Costa acredita que a realização da Moda Lisboa na zona ribeirinha representa o primeiro passo para “a redescoberta de espaços que têm estado escondidos e fechados. Espaços a dinamizar, daqui em diante, pela Câmara de Lisboa como locais dedicados à cultura”.