Em Maio passado, Diogo Simas, do Clube Pedro Pessoa, lesionou-se gravemente no decorrer da Taça de Saltos da Associação de Atletismo de Setúbal.
Na sequência das avaliações médicas, foi diagnosticada “uma rotura completa do ligamento cruzado posterior e do colateral peronial, uma rotura radicular com extrusão do corpo do menisco interno e rotura parcial da inserção do tendão semimembranoso e do tendão poplíteo”, que obrigam a uma intervenção cirúrgica que vai muito além da cobertura prevista, cinco mil euros. Conhecedora do assunto desde a primeira hora, a Direcção da Federação Portuguesa de Atletismo e o seu mediador AON, intercederam junto da seguradora, no sentido de proporcionar a intervenção cirúrgica ao jovem atleta. Segundo um comunicado remetido pela seguradora Fidelidade – que a Federação Portuguesa de Atletismo divulgou esta quinta-feira – “a questão do atleta Diogo Simas encontra-se ultrapassada a título excepcional e a pedido da AON.
A Fidelidade decidiu patrocinar o valor em falta para a realização da cirurgia, assumindo assim a totalidade do tratamento cirúrgico, sem encargos para os pais do atleta, clube ou Federação de Atletismo. Mais informamos que esta decisão já foi comunicada aos pais e estão a desenvolver-se todos os esforços para que a cirurgia possa ser realizada com a maior brevidade”.
Uma decisão que levou a Federação a saudar a decisão da companhia de seguros Fidelidade, mesmo que excepcionalmente, atendendo aos contratos com base na lei em vigor, agradecendo à AON o esforço feito para se chegar a este desfecho.
Nos tempos que correm – e provavelmente por isso, face à pandemia que se verifica no país – sem dúvida que a decisão tomada pela Fidelidade merece rasgados elogios, face ao que está legislado, se bem que o seguro feito deva ter outras cláusulas que acautelem lesões deste tipo, de muita gravidade para os atletas, para o caso um jovem em plena ascensão na carreira e que podia ficar pelo caminho numa carreira que se admite como muito promissora.