Depois de três vitórias (duas no qualifying, uma no quadro principal), Nuno Borges despediu-se esta quarta-feira do Millennium Estoril Open ao ser eliminado pelo croata Marin Cilic na segunda ronda.
Mas a derrota não apagou a semana inesquecível do actual campeão nacional absoluto, que garantiu só levar “coisas positivas” do Clube de Ténis do Estoril.
No final da partida, Nuno salientou que “foi um bom jogo no geral, só tenho que estar satisfeito. Custa-me muito perder, seja contra quem for, mas ele mereceu ganhar. Jogou muito bem nos momentos mais importantes, serviu muito bem e achei que ele esteve por cima. Eu estava um bocadinho à mercê dele. No primeiro consegui aproveitar muito bem as oportunidades, depois andei sempre ela por ela. Senti que o terceiro podia perfeitamente ter calhado para o meu lado, mas não consegui e ele manteve-se firme até ao fim”.
Acrescentou Nuno ainda que “foi provavelmente o melhor momento da minha carreira. Foi o meu primeiro torneio ATP e consegui entrar logo a ganhar, só tenho de tirar coisas positivas daqui apesar de estar um bocadinho triste por não ter ganho hoje. Sem dúvida que foi muito importante para a minha carreira” que, com a campanha no Millennium Estoril Open, entrou “virtualmente” no top 300 do ranking ATP, que será actualizado na segunda-feira.
Depois da primeira experiência da carreira ao mais alto nível, um par de semanas após a estreia em finais do ATP Challenger Tour, Nuno Borges referiu que a “amostra” ainda é curta para perceber se há diferenças entre o seu nível actual e o nível médio do circuito ATP.
“Preciso de competir mais nestes torneios para perceber. Todos jogam de maneira diferente e o ténis dele [Marin Cilic] fez-me sentir que era muito difícil comandar os pontos. Andei atrás da bola e a tentar tirar partido do serviço, que era a única coisa que realmente dependia de mim, e não senti que o desequilibrei assim tanto. Por isso é que saio um pouco com esta sensação de desconforto, porque ele puxou-me muito para trás no campo em relação aos outros jogadores que defrontei”, referiu, a terminar, Nuno Borges, de 24 anos.
Entretanto e a competir pela quarta vez no Millennium Estoril Open, Kevin Anderson qualificou-se, esta quarta-feira, para os quartos-de-final do quadro principal de singulares. Ex-top 5 mundial, o sul-africano (que actualmente ocupa o 105.º posto) derrotou o lucky loser Roberto Carballes Baena (93.º) por 6-3 e 7-6(4).
Para repetir a presença de 2017 nas meias-finais, Anderson – que foi finalista do US Open nesse mesmo ano e de Wimbledon na temporada seguinte – encontra o croata Marin Cilic, sexto cabeça de série na fase seguinte.
Ugo Humbert entrou com o pé direito no Millennium Estoril Open para carimbar o acesso aos quartos-de-final do quadro principal de singulares, ronda em que vai ter pela frente o igualmente espectacular Alejandro Davidovich Fokina.
Terceiro cabeça de série fruto do 31.º lugar que ocupa no ranking ATP, o discreto – mas muito talentoso – tenista francês de 22 anos ultrapassou um complicado primeiro desafio frente ao italiano Marco Cecchinato (ex-semifinalista de Roland-Garros) ao vencer em três sets, por 6-4, 3-6 e 6-3.
Pouco antes, num duelo transferido do Estádio Millennium para o Court Cascais devido ao atraso que a chuva causou na conclusão da batalha entre Marin Cilic e Nuno Borges, o espanhol Alejandro Davidovich Fokina somou a segunda vitória da semana – e a mais rápida entre todos os encontros – ao “despachar” o francês Jeremy Chardy (campeão em título de pares) com 6-1 e 6-2 em apenas 55 minutos.
Campeão nas duas finais ATP que disputou ao momento (em Auckland e Antuérpia, ambas em 2020), o #NextGen francês venceu o único encontro frente ao jovem espanhol (semifinalista do Millennium Estoril Open em 2019, o torneio que marcou precisamente a estreia em meias-finais ATP), mas num torneio ITF. O embate de sexta-feira será, por isso, o primeiro ao mais alto nível.
Nesta quinta-feira, sem portugueses, o espanhol Pedro Martinez defronta, a abrir o dia, o britânico Cameron Norrie (não antes das 13 horas), seguindo-se o francês Richard Gasquet contra o francês Cristian Garin, seguido do canadiano Denis Shapavalov contra o francês Corentin Mou Tet, seguindo-se o encontro entre o francês Pierre-Hugues Herbert e o espanhol Albert Ramos-Vinolas