Quarta-feira 24 de Novembro de 0201

Garra e coração de leão no triunfo do Sporting em Braga

Um golo, de alguma forma inesperado mas dentro do tempo de jogo, deu um excelente triunfo ao Sporting na difícil visita a Braga, onde os bracarenses beneficiaram de dois actos intempestivos de Gonçalo Inácio (expulso aos 18’) para ganharem vantagem numérica, mas sem resultados no final da partida.

Liga Portugal / Pedro Trindade

Liga Portugal / Pedro Trindade

Na partida, bem se pode dizer que o Sporting quase foi um “mero assistente”, porquanto toda a estatística foi a favor dos bracarenses, com maior número de remates (17-5, dos quais 4-1 para a baliza), bem como na posse de bola (71/29º), o que se justifica pelo facto de os leões terem jogado 78 minutos com apenas dez elementos, muito por culpa da impulsividade, neste caso, do jovem Gonçalo Inácio que, em cerca de dez minutos, cometeu duas faltas para cartão amarelo (sobre Gaitán e Galeno), de acordo com o critério de Artur Soares Dias (o árbitro), o que demonstram a falta de maturidade, independentemente da qualidade técnica e táctica.

Com esta brecha desde muito cedo, o Sporting teve que suportar o maior ímpeto dos homens de Carlos Carvalhal (com Rúben Amorim de novo na bancada), que como que massacraram repetidamente as linhas atrasadas dos leões, onde Adán e Coates se salientaram a grande altura para anular todas as tentativas de golo, o que conseguiram, se bem que também não fossem muitas (cinco).

E por cartões, refira-se que, além de Gonçalo Inácio, também Adán e Tiago Tomás (ambos com quinto amarelo) estão impedidos de jogar na ronda nº 30, na recepção ao Nacional.

Quase em “desespero”, Porro (80’) marcou um livre para a direita do campo, onde Matheus Nunes foi buscar a bola, recolocou-se no caminho da baliza e, perto da pequena área, rematou forte, a bola ainda bateu no braço do guardião bracarense e entrou entre este e o poste, numa situação em que, normalmente, o esférico é desviado ou defendido pelo guarda-redes, pelo que houve um momento de felicidade para os leões ganharem vantagem para, nos últimos 14 minutos, tentarem afastar a bola da própria baliza para garantia o triunfo, como veio a acontecer.

Pode dizer-se que o Braga “estrangulou” os leões na estatística (17-5 em remates, dos quais 4-1 para a baliza) numa posse de bola de 71/29%, mas com os visitantes a fazer um único remate à baliza e a fazerem golo. Que precisão!

A estrelinha voltou a brilhar mais lá no alto do céu e ajudou os leões a sacudir a pressão e a manter a vantagem sobre o F. C. do Porto, que vai a jogo esta segunda-feira.

Esta primeira parte da 29ª jornada começou com a vitória do Marítimo no campo do Boavista, numa partida muito igual em termos globais, com os madeirenses a chutarem mais (10-9, dos quais 3-3 para a baliza), numa posse de bola de 51/49%, pouco significante.

Alipour (63’) foi o autor do golo do Marítimo, depois de Pelágio ter servido Tagueau e este endossar ao goleador para abrir (e fechar) o resultado, que foi muito bom para ajudar os madeirenses a subirem na classificação.

No outro jogo, o Paços de Ferreira foi ao Rio Ave para conquistar um ponto, também importante para os avenses, em que Uilton (31’) abriu o activo para os forasteiros, tendo Fábio Coentrão empatado (49’), resultado que não sofreu alteração até ao final.

Ivo Pinto (Rio Ave) foi expulso aos 81’ e a partida foi muito igual: 9 remates do Paços contra 7 do Rio Ave, 3-2 em remates para a baliza também pelos homens do Paços, enquanto na posse de bola ganhou os da casa (58/42’), o que mostrou o equilíbrio do encontro.

Nesta terça-feira, haverá cinco jogos: Belenenses SAD-Gil Vicente (17h), Benfica-Santa Clara, Nacional-Guimarães e Famalicão-Tondela (todos pelas 19 h), fechando com o Moreirense-F. C. Porto (21h15).

 

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