Fernando Santos confirmou, esta quarta-feira, uma vez mais, a fé que o acompanha em mais uma campanha para estar presente na fase final do Mundial de Futebol de 2022, no Qatar.
Isto porque foi um autogolo dos azeris que deu a vantagem mínima para Portugal garantir o triunfo, numa partida da qual, apesar de ter tido mais posse de bola (na ordem dos 70/30%) e de mais remates fazer para a baliza, saiu vencedor.
Numa primeira parte que se iniciou com a maior pressão – como não podia deixar de ser – a pender para a formação lusa, que tiveram três oportunidades de golo mas que não concretizaram, a verdade é que não foi marcado qualquer golo.
Com um pendor ofensivo pelo centro do terreno, mormente (e como sempre tem acontecido quando está em campo o melhor marcador mundial) com toda a gente a avançar mas sempre procurando Cristiano Ronaldo, que voltou a fazer um jogo sofrível, o que levou à “secagem” de outras vias de acesso à baliza dos azeris.
Se é verdade que Ronaldo estava quase sempre bem policiado, isso ocasionou que o capitão da selecção nacional devia ter jogado noutra posição que não a de “fica à espera da bola”, como aconteceu, em que fosse mais perspicaz, mais rematador.
Daí as dificuldades da equipa portuguesa em atacar com organização assente na base dos médios – ainda que faltasse Bruno Fernandes, que só entrou na segunda parte – para poderem gizar outras alternativas, que passava por uma maior circularização da bola, ao mínimo toque, para abrir a defesa e provocar oportunidades para Ronaldo se mostrar a sério. O que foi de pouca monta.
Sorte das sortes, Rúben Neves tirou um centro-remate para a pequena área, onde o guardião azeri (36’) foi obrigado a estirar-se para desviar a bola da baliza, tendo tido o azar de a bola ter seguido para um colega (que a desviou para dentro da baliza, numa espécie de um golo de Deus para Portugal.
No segundo tempo, Portugal entrou de novo ao ataque, para aumentar a vantagem e tentar segurar o resultado, tendo beneficiado de dois livres directos, na zona da linha da grande área, em que, como se esperava. Ronaldo se encarregou de marcar e sem resultado.
Perseguir recordes não pode ser o único espirito do melhor marcador do mundo, pelo que as duas falhas não funcionaram para nada. Já com Bruno Fernandes em campo, seria preferível que cada um fizesse a marcação, mas a soberania do capitão não pode ser manter-se como está.
Com uma exibição que se mantinha algo apática, pálida mesmo, o tempo foi passando mas os azeris ainda obrigaram Anthony Lopes a uma saída rápida da baliza para resolver o problema criado pela equipa do Azerbaijão, tendo Portugal conseguido chegar ao fim sem ser muito pressionado pelos azeris, ainda que o triunfo de Portugal assente como uma luva neste primeiro lodo do apuramento europeu para o mundial de 2022, no Qatar.
A três minutos dos 90’ de jogo, Ronaldo, ensarilhado na grande área, ainda conseguiu fazer a bola chegar a Bruno Fernandes, que arrancou um potente remate que o guardião azeri defendeu superiormente.
Ganhar é sempre um bom tónico, mais a mais no jogo inicial, aguardando-se agora o Sérvia-Portugal, no próximo sábado (19h45 na RTP), uma partida que se jogará em Belgrado e que terá que ser jogada de maneira diferente, quiçá com outra formação e estilo, sabendo-se que a Sérvia venceu (3-2), também esta quarta-feira, a Irlanda.
O outro encontro de sábado será o Irlanda-Luxemburgo.