Tiago Tomás (Sporting) e Francisco Conceição (F. C. do Porto) são as novidades da convocatória, esta segunda-feira divulgada pela Federação Portuguesa de Futebol, para a fase de grupos do europeu de sub21.
Desta forma, os dois jovens jogadores – que estão a dar cartas nas equipas principais dos dois clubes portugueses – terão a hipótese (quiçá mais que certa) para se estrearem nesta categoria, na competição que vai decorrer na Eslovénia e na Hungria entre os próximos dias 24 e 31 deste mês de Março.
Portugal integra o grupo D deste Europeu sub-21 e vai jogar as 3 partidas na Eslovénia, sendo que a estreia acontecerá a 25 de Março, em Koper, diante da Croácia, às 20h00.
O segundo encontro, frente a Inglaterra, decorrerá a 28 na capital eslovena, Ljubljana, também pelas 20h00, com o terceiro e derradeiro desafio desta fase de grupos a ter também Ljubljana como palco, defrontando a Suíça, no dia 31, a partir das 17h00.
Passam à fase seguinte os dois primeiros classificados dos quatro agrupamentos constituídos, sendo que as eliminatórias serão realizadas entre os dias 31 de maio e 6 de Junho.
Este calendário foi ditado pelo surgimento da pandemia de Covid-19, que obrigou também a UEFA a fazer algumas alterações ao formato da competição.
Rui Jorge escolheu os seguintes jogadores:
Guarda-redes: Diogo Costa (F. C. Porto), João Virgínia (Everton) e Luís Maximiano (Sporting);
Defesas: Diogo Leite (F. C. Porto), Diogo Queirós (Famalicão), Diogo Dalot (Milan), Pedro Pereira (Crotone), Thierry Correia (Valencia), Tiago Djaló (Lille) e Tomás Tavares (Farense);
Médios: Daniel Bragança (Sporting), Fábio Vieira (F. C. Porto), Filipe Soares (Moreirense), Florentino Luís (Monaco), Gedson Fernandes (Galatasaray), Pedro Gonçalves (Sporting) e Vítor Ferreira (Wolverhampton);
Avançados: Dany Mota (Monza), Trincão (Barcelona), Francisco Conceição (F. C. Porto), Jota (Real Valladolid), Rafael Leão (Milan) e Tiago Tomás (Sporting)
O programa de acção será divulgado na devida oportunidade.
Na nota divulgada para a comunicação social, o seleccionador nacional salientou que “creio que nunca perguntaram a um treinador se queria ganhar e ele disse que não. Essa pergunta cai sempre nisso. Seremos candidatos a apresentar o nosso melhor, é essa a nossa forma de pensar. Não pensar no resultado, pensar no processo e no caminho que temos de fazer para o resultado. Se fizermos as coisas bem, pela qualidade dos nossos jogadores, acredito que conseguiremos passar aos quartos-de-final. Não adianta falarmos em favoritismo, em ser candidato ou não ser, adianta muito pouco falar. Adianta preparar jogos e ir com intuito de dignificar o país. A nossa tarefa tem de ser apenas essa.”
Sobre a realização de um europeu em tempo de pandemia, Rui Jorge comentou que “o que nos condiciona é o tempo de preparação, que é claramente diferente das fases finais que tivemos até hoje. Essa é a grande diferença. É muito mais complicado trazer alguém pela primeira vez neste contexto, com pouco tempo para trabalhar. É bastante diferente.”
Rui Jorge falou também dos jogadores que se podem estrear nesta convocatória, tendo adiantado que “acredito que um jogador novo numa posição mais adiantada no terreno se insira mais facilmente num colectivo do que propriamente um defesa. Também tivemos isso em conta e estes jogadores, pelas suas características – versatilidade, a capacidade de ferir o adversário – podem trazer-nos mais-valias. Não os convoquei tanto pelo elemento surpresa, mas pelas características. O Francisco tem muita capacidade no um contra um, é bastante imprevisível e é tecnicamente refinado. O Tiago Tomás tem profundidade, trabalha bastante e está moralizado. As opções recaíram um pouco por estas características. Estes serão mais dois elementos que nos podem ajudar.”