Derrotando outro candidato europeu – o Paços de Ferreira – o F. C. do Porto manteve-se nos lugares do pódio, enquanto o Vitória de Guimarães perdeu em casa, ante o Gil Vicente por um inesperado e expressivo 4-2, cujas razões estiveram centradas na expulsão de Mumin, quando decorria o minuto 15 do encontro.
No Dragão, os portistas demoraram a carrilar, porquanto o 0-0 manteve-se ao longo de todo o primeiro tempo, apesar da supremacia que os donos da casa demonstraram, mas que tiveram problemas de falta de pontaria para a baliza.
A primeira grande oportunidade surgiu (54’) quando Mbemba atirou à trave e a bola se perdeu, confirmando-se a supremacia portista (64/36% de posse de bola, 16-2 em remates, dos quais 5-2 para a baliza) sem que a bola entrasse na baliza.
O primeiro golo foi marcado (77’) por Pepe, no seguimento de um canto marcado por Sérgio Oliveira que, de cabeça e ao primeiro posto, bateu o guardião pacense sem apelo nem agravo.
Aproveitando a embalagem, no minuto seguinte surgiu o segundo golo, desta vez com Sérgio Oliveira a fazer o 2-0, depois de rematar a bola, ao estilo de pontapé canhão, levando o esférico ao fundo da baliza, ainda que Jordia tivesse tocado na bola, que “fugiu” para a rede.
Cumprido o objectivo, espera-se agora pela deslocação a Portimão, no próximo dia 20 deste mês.
Na Cidade berço do Fundador, o Guimarães ficou sem uma unidade (Mumin), ficando reduzido a dez unidades, o que apanhou toda a gente desprevenida e, com isso, provocou um “maremoto” que o levou a sofreu uma pesada derrota.
A expulsão do jogador vimaranense foi justificada pelo facto de ter feito falta sobre Lucas Mineiro quando este se ia isolar a caminho da baliza, falta que conduziu à saída de campo.
Pouco depois (19’), o Gil Vicente abriu o activo através de um golo obtido por Pedro Marques, com Lourency a chegar ao 2-0 aos 26’, que chegou quase como o golpe de “morte” para a derrota.
Os de Guimarães ainda reduziram (40’) por Rochinha, mas ainda no primeiro tempo, Talocha fez o 3-1 (45+3’) na marcação de uma grande penalidade, o que agravou a situação do Vitória, que perdeu também a posse de bola (44-56%) e nos remates (9-11), empatando (8-8) nos remates para a baliza.
No segundo tempo, Rubem Lameiras ainda reduziu (78’) mas Lucas Mineiro (80’) colocou o resultado em 4-2, com que terminou a partida, deixando o Guimarães no 6º lugar, a seis pontos do Paços de Ferreira.
No outro encontro deste domingo e para a 23ª jornada, Moreirense e Rio Ave empataram (1-1) em Moreira de Cónegos, tendo Filipe Soares marcado na sua própria baliza (7’) e Filipe Pires empatado (83’).
O Moreirense dominou na posse de bola (62/38%), mas o Rio Ave rematou mais (13-9), sendo que nos remates para a baliza estiveram iguais (2-2).
Com um jogo para realizar (Famalicão-Sporting de Braga, esta noite – 20h15), o balanço que se pode fazer é que a Liga NOS está com um dos níveis mais baixos em termos de competitividade, quando vemos que entre o 9º e o 18º classificado existem apenas sete pontos de diferença, o que deixa apenas sete ou oito equipas a lutar pelos lugares europeus.
Já se falou que, a curto prazo, a Liga poderá ser reduzida a 16 equipas, se bem que seja bom arriscar ainda mais e avançar para um grupo de 14 equipas, com novas regras de calendário, por forma a se poder aumentar a competitividade, mais a mais quando se sabe que a UEFA está determinada a impor um calendário-tipo em que Portugal seja mais penalizado.
Portugal não tem qualidade suficiente para mais de 14 equipas e, por isso, há que arrepiar caminho e entrar os eixos que melhor se encaixem no sistema europeu que aí vem.
E quanto mais tarde … pior!