Das várias hipóteses que aqui colocámos na semana passada, a que “venceu” toda a gente foi que os principais envolvidos empatassem para que tudo ficasse igual no pódio da 14ª ronda da Liga NOS.
Na verdade, com os leões a voltarem a “escorregar”, agora em Alvalade, ante o Rio Ave, se bem que tenham conquistado um ponto, enquanto no Dragão benfiquistas e portistas também empataram e ficou tudo como estava, pese embora o grande beneficiado, pelo menos por agora, tenha sido o Sporting, que dominou em toda a linha mas não soube lidar com o stress, acabando por perder dois pontos, desta vez pela falta de atenção (desatenção ou falta de concentração) do seu defesa esquerdo.
Os leões abriram o activo (42’), através de um golo obtido pelo guia dos marcadores do campeonato, Pedro Gonçalves, a passe de Tiago Tomás, com a bola desviar-se um pouco na perna de um adversário e chegar ao guia para rematar para dentro da baliza, junto ao poste.
Mas o Sporting acabou por sofrer (61’) o empate com um golo da autoria do trio “sportinguista”, formado por Geraldes, que começou a jogada pela direita, subiu até à grande área leonina e passou a Mané que, passando pelas costas de Borja (virou-se para o lado contrário da jogada) colocou a bola em Gelson Dala, que apenas fez a bola entrar na baliza à guarda de Adán.
Com uma posse de bola de 68/32% talvez ninguém acreditasse que os leões não conseguissem chegar ao triunfo, mas a verdade foi essa, porquanto dos 14-6 em remates favoráveis aos leões, apenas 4-1 foram para a baliza, ainda assim suficientes para conquistar os três pontos. Mas o guardião dos homens de Vila do Conde estava lá quando foi preciso.
Cumprido o primeiro jogo, aguardou-se com vivo interesse o que poderia acontecer no F. C. do Porto-Benfica, considerando o empate dos leões, atendendo a que qualquer das equipas, em caso de chegarem ao triunfo, poderiam mudar o rumo, pelo menos para as próximas jornadas, no topo da classificação.
De peripécia em peripécia – e foram muitas – benfiquistas e portistas lutaram pelo melhor resultado, numa partida em que foi o Benfica a trabalhar mais mas a não ter o rendimento final desejado.
A equipa de Jorge Jesus dominou na possa de bola (63/37%) e também nos remates (12-8), dos quais apenas quatro para a baliza e por parte das duas formações, partindo do princípio que, contas feitas, o empate final (1-1) até se terá ajustado ao desenrolar dos acontecimentos.
A “infracção” mais grave foi cometida por Taremi (agressão nítida a Otamendi, com uma entrada de pitons à perna), o que levou o árbitro a atribuir um cartão vermelho (depois de falar com o VAR), o que preocupou Sérgio Conceição porque ficou, a partir dos 73’, a jogar apenas com dez unidades, altura em que os benfiquistas tentaram o volte face mas sem resultado.
Bem vistas as coisas, o empate (golos de Grimaldo aos 17’ e de Taremi, aos 25’) acabou por “assentar” bem, porquanto o Benfica também não soube aproveitar esta vantagem para chegarem ao triunfo.
Uma espécie de “coligação” entre benfiquistas e portistas para ajudar o Sporting, que deve ter suspirado de alívio quando viram que, ainda que empatado, continuam com quatro pontos de vantagem ante os seus adversários mais directos.
A ronda 14 prossegue este sábado, com os jogos Paços de Ferreira-Sporting de Braga (15h30), Guimarães-Farense (18h) e Tondela-Boavista (20h30), sendo de realçar que os bracarenses vão ter um “osso duro de roer”, com o Paços a quererem “impedir” maior diferença de pontos para os adversários, numa luta pelo quarto lugar.