A notícia é como é e, no caso de Júlio Isidro, as coisas são como são.
Daí que se transcreva o texto, por ele escrito na sua página do Facebook, quanto ao recebimento da Grã Cruz da Ordem de Mérito.
“Foi na tarde deste dia chuvoso. Eu e o núcleo duro da família, a mãe, entrámos no Palácio de Belém.
O pai, ia ser condecorado pelo presidente da República.
A atribuição estava marcada para 23 de Novembro mas teve a oposição de um tal Covid 19. Agora, após a expulsão do intruso, vivi um daqueles momentos que nos marcam a vida.
Fui condecorado com a Grã Cruz da Ordem de Mérito.
Como disse Winston Churchill, as condecorações, não se pedem, não se recusam, nem se agradecem.
Não consigo resistir, grato como estou, a quem tem olhado para o meu trabalho (até os que o fazem de olhos em baixo ou enviesadamente), a Deus pela saúde com que me tem abençoado para fazer, refazer e seguir em frente, à minha família com quase cem por cento de mulheres, e aos portugueses a quem nunca atraiçoei profissional e pessoalmente.
Foi tudo isto que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa sintetizou nas palavras que me dirigiu.
Agora, a vida continua com o contrato moral que assumi com os meus espectadores e ouvintes.
Vou continuar para os que sei que me querem, e contrariar alguns (poucos) que já me fizeram as exéquias antes de tempo.
A felicidade é um estado intermitente.
Mas hoje, num dia em que o céu chora, eu sorrio de plenitude”.
Palavras para quê? É um grande artista português, um homem da rádio e da televisão, do espectáculo e, também, do aeromodelismo nacional e internacional.