Quatro minutos depois dos 90 regulamentares, foi a altura para o Benfica “carimbar” o triunfo sobre um Paços de Ferreira que, repleto de “chama” ficou a milímetros de, pelo menos, ganhar um ponto no Estádio da Luz.
Em termos estatísticos, o Paços rendeu mais nos remates (total de 16-13, dos quais 5-4 para a baliza) enquanto o Benfica apenas teve mais bola (68/62%), se bem que teve a felicidade – porque também a procurou ainda que nem sempre bem – de vencer, continuando a não convencer.
Mas como os golos é que mandam, os encarnados subiram ao segundo lugar (a dois pontos do Sporting), enquanto o Braga desceu para quarto, por troca com o F. C. do Porto que voltou ao pódio à nona jornada da Liga NOS.
Os homens das “mobílias” chegaram a Lisboa com a lição bem estudada e até podiam ter marcado primeiro (14’), quando Luther cruzou para o centro da área, onde surgiu Tanque a rematar forte mas contra o corpo de Odysseas, que defendeu sem perceber como foi.
De seguida, Pizzi (19’), a passe de Darwin, apanhou a bola, perdida por Eustáquio, e rematou ao poste, seguindo a bola pela linha de cabeceira.
Mas foram os pacenses que voltaram à carga e (24’) chegaram ao golo, obtido por Oleg, no seguimento de um canto em que Odysseas afastou a bola para Oleg que, sem deixar cair no chão, rematou forte e marcou um golo de belo efeito.
No recomeço, foi ainda o Paços a chegar-se à frente e (25’) quase chegou ao 2-0, quando Tanque, frente a Odysseas, aproveitou uma bola perdida pelo Benfica e rematou forte mas a milímetros da barra.
Rafa (42’) conseguiu fazer a bola entrar na baliza do Paços, mas o golo foi invalidade porquanto o avançado benfiquista ajeitou a bola com o braço.
No segundo tempo, Weigl e Seferovic entraram na equipa encarnada para tentar dar a volta ao jogo, o que começou a acontecer quando Rafa (58’) combinou com Gilberto uma arrancada rápida, com este a devolver a Rafa para marcar o golo do empate.
Mas o golo do triunfo benfiquista só chegou aos 90+4’ (fazendo lembrar outros tempos em que a regra nos jogos do Benfica era esta), quando Waldschimdt respondeu da melhor forma ao cabecear a bola provinda de Gabriel, depois de a bola ter passado pelo defesa Eustáquio, em que o alemão aproveitou a falha e enfiou a bola na baliza de forma rápida.
No outro jogo com equipas do “top4”, o Sporting de Braga veio até Lisboa para perder (2-1) ante o Belenenses-SAD, com os lisboetas a abrirem o marcador por Miguel Cardoso (33’), chegando ao 2-0 por Afonso Sousa (45+1’), com o ponto de
honra dos donos da casa a chegar aos 70’, marcado por João Fernandes, na conversão de uma grande penalidade.
Ainda que tivesse dominado toda a partida e em todas os vectores (61/39% na posse de bola, 15-11 em remates dos quais 6-5 para a baliza) os bracarenses acabaram por perder o segundo lugar e saltarem para 4º.
Na Madeira, o Nacional perdeu (1-3) ante o Santa Clara – que só foi melhor nos remates para a baliza (8-4) – que fez jus ao poderio ofensivo, ao marcar por Silva Júnior (23’), Rashid (34’) e Thiago Santana (86’), os dois últimos a converter duas grandes penalidades.
Gorré (36’) marcou o ponto de honra para os madeirenses.
No outro encontro, o Rio Ave e Boavista empataram a zero.
Na classificação, o Sporting continua a comandar (23 pontos), seguido do Benfica (21), F. C. Porto (19), Sporting de Braga (18), Guimarães (16), Paços de Ferreira (14), Santa Clara (13), Rio Ave e Belenenses-SAD (11), Nacional e Famalicão (10).
O último jogo da ronda nove efectua-se esta segunda-feira (20h15) entre o Farense e o Marítimo.
Nos marcadores, Pedro Gonçalves (Sporting) comanda com 10 golos, à frente de Thiago Santana (Santa Clara), com 7; de Seferovic (Benfica) e Rodrigo Pinho (Marítimo), ambos com 6, e Waldschmidt (Benfica), com 5.
No próximo fim-de-semana a primazia vai para os jogos de mais uma ronda da Taça de Portugal Placard.