Portugal venceu a Albânia, esta terça-feira, e assegurou, no mínimo, o segundo lugar no Grupo E de apuramento para o Europeu, a duas jornadas do encerramento da qualificação.
Portugal tem 16 pontos, tal como a líder Finlândia, e já não poderá ser ultrapassado pela Escócia, que perdeu o comboio do Euro após derrota com as finlandesas (1-0), também esta terça-feira.
Apuram-se para a fase final, a disputar em Inglaterra, no verão de 2022, as equipas vencedoras de cada grupo mais os melhores segundos classificados. Os restantes segundos irão disputar um play-off em data a definir.
Com algumas alterações na frente de ataque e uma no meio-campo, em relação ao triunfo de sexta-feira com a Escócia (1-0), as comandadas de Francisco Neto iniciaram o jogo determinadas em abrir a contagem e estiveram muito perto de o fazer na primeira parte, em iniciativas de Carole Costa, Ana Capeta e Mónica Mendes.
A selecção albanesa passou mais tempo a conter as investidas lusas do que arriscar, no entanto conseguiu criar algum perigo de bola parada perto do intervalo.
Na segunda parte, o domínio de Portugal manteve-se e materializou-se num golo (57’) por intermédio de Ana Capeta, que deu o melhor seguimento a um cruzamento de Diana Silva, aos 57 minutos.
Com este triunfo, a armada lusa quebrou o seu recorde de pontos em fases de qualificação (13 pontos) para Europeus, que vigorava desde 2016, altura em que reservou pela primeira vez uma vaga na fase final do torneio.
Desde o arranque da qualificação para o Euro2022, em Outubro de 2019, a Selecção Nacional conquistou cinco vitórias e um empate: venceu a Albânia, em casa e fora, por 1-0; bateu o Chipre por 3-0 em Larnaca e por 1-0 no Estoril; superou a Escócia na passada sexta-feira, ao vencer por 1-0, e empatou na recepção à Finlândia, por 1-1.
Certas na fase final do Euro2022 estão as equipas da Bélgica, Dinamarca, França, Inglaterra, Islândia, Holanda (campeã em título), Noruega, Suécia e a anfitriã Inglaterra. E com presença confirmada nos play-offs estão a Irlanda do Norte, a Rússia e a Ucrânia.
No segundo lugar, e ainda na corrida ao primeiro, estão, além de Portugal, as equipas de Finlândia, Polónia e Espanha.
No jogo, realizado no Estádio do Restelo, e sob a direcção da árbitra: Olga Zadinová (Rep. Checa), Portugal alinhou com Patrícia Morais, Joana Marchão, Sílvia Rebelo, Carole Costa, Mónica Mendes, Cláudia Neto – Cap (Andreia Norton, 77′), Dolores Silva, Tatiana Pinto, Ana Borges, Carolina Mendes (Diana Silva, 48′), Ana Capeta (Mélissa Gomes, 77′).
Suplentes não utilizadas: Inês Pereira, Rute Costa, Alícia Correia, Kika Nazareth, Fátima Pinto, Vanessa Marques, Diana Gomes, Andreia Faria, Francisca Cardoso.
Francisco Neto, seleccionador nacional, salientou que “não foi um jogo brilhante, tendo a equupa acusado a pressão do ter de ganhar. Controlámos bem a primeira parte, com 20 minutos de qualidade, mas os golos não apareceram. Na segunda parte voltámos a entrar bem, mas depois do golo ficámos intranquilos. Tínhamos espaço para ter bola, mas não conseguimos. A Albânia não tinha nada a perder e arriscou. Não há equipas que estejam no nosso patamar de exigência sem saber sofrer. Hoje foi a vitória do carácter e do querer, mais que da organização”.
Ana Capeta, que marcou o golo de Portugal, referiu que “dos três jogos que faltavam era um dos mais importantes. Conquistámos os três pontos. Foi um golo importante, não só pela vitória. Já estivemos mais longe de Inglaterra. Vamos manter o nosso foco. Ainda nos faltam pontos. Mas é certo que vamos lá estar. Foi um bom cruzamento da Diana e tive a felicidade de fazer golo”.