Apesar de dominar tudo e todos de princípio a fim do jogo, a verdade é que o Sporting de Braga só conseguiu ganhar a três minutos do final do jogo, confirmando os três pontos e a segunda posição na classificação da Liga NOS.
Com uma posse de bola bem superior (67-33%), com um número de remates (16-6, dos quais 7-0 tendo como direcção a baliza), pode causar alguma estranheza o facto de ninguém acertar na rede à aguarda do guardião da equipa do Farense, que nesta altura já se encontra como lanterna vermelha.
Mas, como se sabe, a maior posse de bola é apenas um mero “factor” de supremacia, mas que não garante quase nada, motivo porque, umas vezes por falta de felicidade dos atacantes e outras dos defesas e respectivo guarda-redes, os golos não surgem.
Jogando em casa, os bracarenses não souberam construir os pilares base para encontrarem o melhor caminho para a baliza contrária, “safando-se” nos últimos minutos com um golo obtido (87’) por Elmusrati, para garantir o triunfo e cimentar o segundo na tabela à oitava jornada.
Resta agora saber se, esta segunda-feira, o Benfica terá qualidade suficiente para continuar no terceiro lugar, em igualdade de pontos com os bracarenses, ao defrontar um Marítimo sempre difícil, mais a mais por jogar no Funchal.
Nos outros encontros deste domingo, o Gil Vicente recebeu e derrotou (2-0) o Rio Ave, enquanto o Portimonense também jogou em casa e bateu (1-0) o Nacional.
Na outra partida, o Boavista recebeu no Bessa o Belenenses SAD e não foi além de um empate (0-0).
Ainda com apenas oito jogos, pode notar-se na classificação que já se começa a sentir um cada maior afastamento das equipas umas das outras.
O Sporting mantém-se como líder isolado (quatro pontos de vantagem sobre o segundo, ou segundos, se o Benfica vencer frente ao Marítimo), sendo que do primeiro para o 6º já existe uma diferença de 11 pontos e que do 7º ao 18º a diferença é de apenas 6 pontos, pelo que, se nada mudar nos tempos mais próximos, o fosso será muito maior.
Uma nota, quiçá pouco usual, para o facto de o Sporting ter o maior número de pontos, o maior número de vitórias, o melhor ataque, a melhor defesa e, ainda, o melhor marcador (Pedro Gonçalves) da competição.
Sem dúvida um início de época de ouro para os leões, no que poderá ser a grande surpresa para a presente época, atípica – que o Sporting tem estado a sofrer há vários anos – mas passível de poder ser muito agradável, em especial para os milhões de adeptos que estão espalhados pelo mundo.
Para já, sem dúvida, um “handicap” que ajuda à imagem do clube.