O presidente do Banco de Portugal (BdP) previu, segunda-feira, um aumento salarial entre 1 e 1,5% no próximo ano. À margem do V Fórum Parlamentar Ibero-americano, Vítor Constâncio afirmou que esta subida estará em sintonia com a evolução da inflação.
O governador do BdP admitiu, ainda, uma subida de impostos entre 2011 e 2013 para tentar controlar o défice público.
Apesar das perspectivas de crescimento da economia nacional, Constâncio revelou-se pessimista face à possibilidade de o Governo conseguir gerar receitas que permitam fugir a esse aumento.
Quer os aumentos salariais, quer as alterações fiscais dependem, agora, do Governo e do Orçamento de Estado para 2010.
No entanto, as contas não estão fáceis e o Ministro das Finanças prepara-se para apresentar a segunda rectificação do Orçamento da Assembleia da República.
Teixeira dos Santos terá de encontrar um equilíbrio entre as aspirações dos trabalhadores, do patronato e o combate à dívida pública.
A OCDE prevê um défice de 6,7% para Portugal, no final de 2009. Nos anos seguintes, poderá situar-se acima dos 8%.