Ao perder, no Estádio da Luz, frente ao Sporting de Braga, o Benfica deu mais um passo em falso na luta pela conquista do título de campeão, pese embora ainda a procissão vá no adro, como se diz na gíria.
Apesar de ter de somado mais tempo na posse de bola (60/40%) e de rematar muito mais (12-7), a verdade é que o Benfica se “deixou” embalar pela “manha” dos bracarenses – que não são para brincadeiras, como se tem provado nos últimos anos – que estão sempre de “olho” na bola e nas oportunidades que surgem, seja por que motivos sejam.
Neste caso, o Braga esteve à beira de colocar os benfiquistas num “KO” inaudito, depois de chegar a estar a vencer por 3-0, até aos 68’, factor que só foi alterado depois de Seferovic entrar (46’) para “salvar a pátria”.
Com consecutivos erros defensivos, face à ausência de concentração e concertação interpessoal, dentro da táctica que estava definida, os bracarenses foram aproveitando as deixas e os desacertos do adversário para irem marcando golos (5 remates para três golos, contra outros cinco do Benfica, mas para dois golos), tendo começado aos 38’ uma bola introduzida na baliza de Odysseas por Iúri Medeiros, que se intrometeu entre três defesas do Benfica, conseguiu sair pela frente, perto da grande área, e rematou em arco, para o segundo poste, quando o guardião saiu da baliza.
Na segunda parte, pelos mesmos motivos, Francisco Moura elevou (50’) para 2-0, numa excelente jogada dos bracarenses, com Iúri Medeiros a cruzar a bola para a área, onde surgiu Al Mussati a desmarcar Moura que teve a arte de fugir a Gilberto e rematar quando Odysseas saiu da baliza a tentar tapar o angulo de remate mas o avançado bracarense rematou na hora e a bola foi para a baliza encarnada.
Mantendo o contra-ataque como arma, o Braga chegou ao 3-0 quando (63’) o mesmo Moura aproveitou o desentendimento entre Otamendi e Odysseas e cabeceou a bola por cima do guardião para a ir buscar um pouco mais à frente e quase entrar pela baliza a dentro com a bola.
Mais ou menos “confortável” com esta vantagem, o Braga acabou por também cometer erros, por deficiente cobertura, falta de concentração e erros escusados, que levaram o Benfica a reduzir a desvantagem, tendo Seferovic estado nos dois golos, marcados quase como “fotocópia”, porquanto as jogadas foram semelhantes.
Fez o 1-3 aos 68’ e conseguiu o 2-3 aos 86’, com o Benfica sem mais “genica” para tentar a reviravolta.
Depois de ter perdido (3-0) com o Boavista (no Bessa) há uma semana, o Benfica bem pode tentar recuperar nas duas semanas em que não há jogos (prioridade às selecções nacionais) para recuperar até ao dia 30 deste mês, quando se deslocará ao Marítimo, no que poderá ser outra “batata” quente.
o Estádio do Dragão, o F. C. do Porto recebeu e venceu um Portimonense sem “acção”, tendo vencido por 3-1, com golos de Mbembe (45+3’), Taremi (46’), que se estreou a marcar pelos portistas, e Sérgio Oliveira (89’), se bem que Beto (14’) tenha aberto o marcador para os algarvios.
Em Faro, o Farense venceu (3-1) o Boavista (o que tinha ganho ao Benfica há uma semana), sendo os golos marcados por Ryan Gauld (22’), Stojiljkovic (50’) e Eduardo Mancha (53’), com o ponto de honra dos boavisteiros a ser marcado por Angel Gomes (43’).
No outro encontro com que fechou esta 7ª jornada (a partida entre o Moreirense e o Paços de Ferreira foi adiada), o Nacional recebeu e venceu (2-1) o Gil Vicente, com golos apontados por Camacho (57’) e Bryan Rochez (90+3’), com Rodrigão a marcar (45+5’) para os barcelenses.
Na classificação, o Sporting ficou mais primeiro, agora com 19 pontos, seguido do Benfica e Sporting de Braga (15); F. C. Porto (13); Santa Clara, Guimarães, Rio Ave e Nacional (10); Famalicão (9); Paços de Ferreira, Moreirense (ambos com menos um jogo) e Tondela (8); Marítimo e Belenenses SAD (7), Boavista (6); Gil Vicente e Farense (5); Portimonenses (4).
Nos marcadores, Pedro Gonçalves (Sporting) comanda com 7 golos, à frente de Thiago Santana (Santa Clara) e Seferovic (Benfica), ambos com 6; Rodrigo Pinho (Marítimo), com 5; Waldschmidt (Benfica), Rúben Lameiras (Famalicão) e Sérgio Oliveira (F. C. Porto), todos com 4.