Ao vencer (2-0) o Olympiacos – no que foi a primeira vez que uma equipa grega jogou no Estádio do Dragão – o F. C. do Porto deu um excelente passo para poder apontar ao primeiro lugar do grupo (C) da Champions League.
Se bem que tenha sido o segundo jogo deste grupo – no primeiro os portistas foram perder ao campo do Manchester City (3-1) – este poderá ter sido um tónico importante para que a equipa acredite, se bem que o caminho não seja fácil.
No encontro desta terça-feira, com cerca de 4.000 espectadores no Dragão, a formação de Sérgio Conceição entrou de rompante – para tentar marcar rápido – criando algumas oportunidades mas sem proveito de maior.
Mesmo assim, a formação de Sérgio Conceição teve que aproveitar uma “oferta” do capitão (Bouchalakis) dos gregos, que perdeu a bola para os portistas, com Sérgio Conceição a recuperá-la e cruzou rápido para a área, onde surgiu Fábio Vieira a antecipar-se à saída do guardião grego e rematar, com o pés esquerdo, para a baliza, fazendo o 1-0.
Num despique muito igual entre as duas equipas, o Olympiacos teve a sua primeira oportunidade a cinco minutos do intervalo, quando Valbuena tentou fazer um “chapéu” a Marchesin, fora da baliza, com a bola a seguir a caminho da baliza escancarada, surgindo o defesa Mbemba a desviar para canto e fazer terminar o perigo.
Na segunda parte, foram os gregos que entraram com mais fibra e garra, que podiam ter modificado o resultado não fosse Marchezin estar atento, como aconteceu (52’) quando fez uma grande defesa a um remate atacante.
Sérgio Conceição estava de olho no “rendimento” dos jogadores e verificou que o marcador do golo portista não estava a corresponder à táctica de “retenção” de bola que pretendia para ir segurando a vantagem, acabando por o substituir (60’) pelo japonês Nakagima, numa altura em que os gregos já estavam a pressionar mais, com oito remates feitos (ainda que apenas dois para a baliza de Marchezin).
A defesa e a linha média portista começou a dar sinais de cansaço e o técnico portista fez entrar mais dois jogadores, para refrescar a equipa e, por outro lado, poder contrariar o poderio que o Olympiacos estava a tecer, o que deu algum resultado, porquanto a partida começou a ficar mais equilibrada.
No último quarto-de-hora e apesar das substituições feitas pelo treinador dos gregos – que colocou mais portugueses na sua equipa, ao contrário de Conceição, que tinha mais estrangeiros – o F. C. Porto reagrupou-se e chegou ao 2-0 (85’).
Marega isolou-se pela direita, chegou perto da grande área e “picou” a bola por cima da defesa até ao segundo poste, onde apareceu, de rompante, um Sérgio Oliveira oportuníssimo a cabecear para dentro da baliza e fixar o triunfo para os portistas.
No entanto, dois minutos depois, Marchezin garantiu o zero na sua baliza ao tapar o angulo de remate do avançado grego que, isolado, rematou contra o seu corpo e a bola foi para canto, de onde nada resultou.
Na estatística final, o Porto apenas ganhou nos remates para a baliza (6-4, de onde surgiram os golos), dado que o Olympiacos fez mais remates (11 contra 10 do Porto) e também teve mais posse de bola: 56/44%.
No dia 3 de Novembro, o F. C. Porto volta a jogar em casa, frente ao Marselha, enquanto o Manchester City (que foi vencer, também esta quarta-feira, a casa do Marselha por 3-0) recebe o Olympiacos.