Jaume Munar (112º ATP), de 23 anos, venceu o português, (111º) e de 32 anos, por 7-6(3) e 6-2 na grande final deste domingo, repetindo o triunfo que já tinha assinado há cerca de um ano e meio, na primeira ronda do ATP 500 de Barcelona.
O maiorquino, pupilo na Academia do seu mentor Rafael Nadal, entrou a todo gás: em pouco mais de 20 minutos colocou-se a liderar por 5-1, aproveitando alguns erros do número dois nacional, que sentiu sempre ter de ser o próprio a arriscar mais e a desfazer as trocas de bolas cruzadas. A partir de 2-5, com bolas novas (mais rápidas), Sousa jogou algum do seu melhor ténis para não só igualar a contenda mas liderar mesmo o marcador com 6-5, 30-30.
No jogo decisivo, Munar voltou a revelar maior consistência e soube acelerar nas aberturas dadas pelo português.
Esse tie-break revelar-se-ia fulcral na história no encontro. Jaume Munar aproveitou o ascendente, usou mais top spin para empurrar Pedro Sousa para trás e quebrou logo ao segundo jogo, caminhando para o primeiro triunfo do ano sem que se sentisse que o português o pudesse alcançar no segundo parcial.
No final, a maior consistência do jovem espanhol acabou por lhe valer o quinto título Challenger na carreira, ele que já foi número 52 do ATP.
Já o tenista da casa sucumbiu pela segunda vez em três semanas numa final da categoria e continua sem igualar o seu treinador Rui Machado como o português mais titulado no circuito secundário.
A boa semana de Pedro Sousa vai valer-lhe a subida de um lugar na hierarquia (será 110 na actualização de segunda-feira).
Concluída a semana “em casa”, no clube que o viu crescer, o tenista que faz parte do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis vai continuar em Portugal até ao próximo fim de semana. Depois, segue-se a viagem para Marbella, onde se realiza mais um torneio Challenger, e a seguir o mais provável é a viagem até à América do Sul antes do regresso a território luso, para o Maia Open.