Pedro Sousa selou, esta quinta-feira, nos courts das instalações de ténis do CIF, o apuramento para os quartos-de-final do quadro principal de singulares, enquanto Gonçalo Oliveira, Nuno Borges e Francisco Cabral marcaram encontro nas meias-finais de pares.
Estes resultados garantem a presença de, pelo menos, um tenista luso na final de sábado do Lisboa Belém Open — torneio do ATP Challenger Tour que é organizado pela Unisports, a MP Ténis e a Federação Portuguesa de Ténis, com os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia de Belém.
O lisboeta (32 anos) voltou a confirmar o favoritismo e livrou-se de Hugo Grenier (248.º) em duas partidas, por 7-5 e 6-0, depois de descomplicar um encontro que poderia ter resolvido com mais folga, uma vez que liderou por 4-1 com duplo “break” na primeira partida e voltou a ter pontos para quebrar o serviço ao francês no 4-4.
A propósito do triunfo, Pedro Sousa referiu que “já tinha jogado com ele em Split e foi mais ou menos igual, um jogo bastante duro. Ele não tem uma pancada que faça uma grande mossa, mas é muito sólido, chega a bastantes bolas e tem um bom primeiro serviço“, salientando ainda que “quando estou à frente no marcador fico com algumas dificuldades em manter-me assim, a acelerar muito a bola e a cometer alguns erros. Já em Split senti o mesmo e foi disso que me queixei. Acho que é a única coisa que tenho a melhorar, porque do fundo do court estou a sentir-me bem.”
Pedro Sousa vai discutir a passagem às meias-finais com Dmitry Popko.
O jogador cazaque foi o primeiro vencedor do dia (6-2 e 6-2), ao colocar um ponto final na campanha de singulares de Gonçalo Oliveira que, no entanto, continua em prova nos pares, juntamente com Roberto Cid Subervi (República Dominicana), e recuperou da desvantagem de um “set” para superar os terceiros cabeças de série Robert Galloway (EUA) e Denys Molchanov (Ucrânia), pelos parciais de 1-6, 6-3 e 10-4.
Noutro singular da jornada, o campeão nacional absoluto Nuno Borges foi travado pelo “qualifier” brasileiro Guilherme Clezar (6-3 e 7-6[5]) depois de ter carimbado a melhor vitória da carreira no circuito internacional, ao passar por Damir Dzumhur na primeira ronda.
Esta quinta-feira, o jovem maiato de 23 anos não conseguiu apresentar o nível tenístico que o levou a vencer 21 dos 24 encontros de singulares disputados no circuito internacional, esta época, mas reagiu bem a um mau arranque do segundo “set” e esteve muito perto de forçar um terceiro, dado que, depois de estar a perder por 5-2, só faltou segurar o “saque” quando serviu a 6-5.
A propósito da eliminação, referiu que “saio um bocadinho mais frustrado porque não aproveitei a oportunidade ao servir para o ‘set’ que, pelo menos, teria forçado uma terceira partida. Estou desiludido, mas o balanço é muito positivo. Podia ter perdido na primeira ronda que teria sido positivo só pela experiência, por poder jogar num palco destes e num torneio deste nível, e tendo uma vitória nos singulares ainda mais positivo é”.
Clezar, que tem dois títulos no ATP Challenger Tour em sete finais disputadas, vai discutir os quartos de final com Federico Gaio (136.º), italiano que confirmou o estatuto de quinto cabeça de série ao derrotar Elliot Benchetrit por 6-4 e 7-5.
A fechar a jornada, mais uma alegria para o ténis português: Nuno Borges e Francisco Cabral deram a volta aos brasileiros Orlando Luz e João Menezes para vencerem por 2-6, 7-5 e 10-5 e marcaram encontro com o compatriota Gonçalo Oliveira e Roberto Cid Subervi, numa meia-final que assegura a presença de pelo menos um jogador “da casa” no encontro de atribuição do título de pares, marcado para sábado.