Sexta-feira 23 de Novembro de 5100

COP considera positiva inclusão do Desporto na Visão Estratégica do Governo

Segundo um despacho noticioso emitido pelo Comité Olímpico de Portugal, o Desporto foi incluído na versão final da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação de Portugal 2020-2030, apresentado por Anónio Costa Silva, depois da análise dos contributos da consulta pública, por poder “contribuir para a economia portuguesa” e por se entender igualmente que as “políticas que promovam o incremento da prática desportiva terão consequências na qualidade de vida dos cidadãos, designadamente ao nível da prevenção e tratamento das doenças crónicas não transmissíveis e da incapacidade funcional, contribuindo fortemente para a redução dos pesados encargos públicos com o Serviço Nacional de Saúde.”

Depois da ausência no documento inicial produzido por António Costa Silva a pedido do Governo, a inclusão do Desporto é vista pelo presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, como “positiva”, por representar “o reconhecimento da importância estratégica de um sector que pode acrescentar valor a Portugal, do ponto de vista social e económico.”

JCMyro / CN

JCMyro / CN

Para a recuperação económica de Portugal no período 2020-2030, a visão estratégica agora divulgada entende que ao Desporto deve ser aplicado um “programa de apoio à reabilitação de instalações desportivas de base local”; e conclui-se que deve ser feita a “promoção da marca Portugal no Desporto, enquanto destino privilegiado para turismo desportivo, com enfoque nos desportos náuticos.”

A promoção da “realização de estágios desportivos, potenciando a utilização dos centros nacionais de alto rendimento por atletas de equipas nacionais e internacionais” e a “promoção e apoio à realização de eventos desportivos internacionais de pequena e média dimensão” são outros contributos incluídos no documento e caracterizados como “bastante pertinentes e consentâneos com a abordagem integrada das diferentes componentes do Eixo” composto por cultura, serviços, comércio e turismo.

Pese embora o descrito – subscrito pelo COP – e que é positivo, como ficou assinalado, a mensagem de que “investir um euro em desporto provoca uma poupança de três euros na saúde nacional” continua a ficar de fora de qualquer estudo e ou recomendação ou decisão “musculada” nesse sentido.

Tanto mais que o Desporto continua a ser directamente discriminado porquanto numa aparece só – não tem peso suficiente? – mas “apenso” a qualquer outra área, desta vez no “eixo composto pela cultura, serviços, comércio e turismo”, áreas que são complementares umas das outras, logo unas, mas que poderiam levantar o desporto ao patamar que merece face aos resultados de alto gabarito que há seis dezenas de anos tem conseguido alcançar, desde que a selecção nacional de futebol obteve o terceiro lugar no mundial de futebol de 1966.

E não será nas gerações de quem tem, agora, cinquenta, sessenta ou setenta anos, que isso acontecerá.

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