Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Miguel Oliveira venceu GP da Áustria num feito espectacular e inédito para Portugal

Com astúcia, espirito de campeão e superando-se a si próprio, especialmente no que à mente respeita, Miguel Oliveira venceu o primeiro grande prémio na sua carreira, no que foi também um êxito inédito para o Motociclismo e para Portugal.

Miguel Oliveira austria 23 agosto

DR / MO#88

O triunfo aconteceu no BMW M GP de Styria (Áustria), no circuito Red Bull Ring-Spielberg, que teve lugar este domingo, tendo contribuído para o efeito o “sangue frio” que a própria prova o obrigou a ter, face a dois factos de significado diferentes mas impactantes: primeiro a paragem forçada da prova devido ao facto do espanhol Maverick Viñales ter sentido que a sua Yamaha ficou sem travões, o que o brigou a saltar da moto (da qual não resultaram ferimentos graves), que só parou nas barreiras de segurança, onde se incendiou; segundo, porque, com subtileza e inteligência, soube aproveitar o erro cometido pelos dois primeiros (Miller e Espargaró) na última curva antes da recta de chegada para os ultrapassar pela direita, porquanto os dois fizeram a curva larga demais.

Na corrida propriamente dita, Miguel saiu da sétima posição e, rapidamente, saltou três lugares, onde se manteve até à paragem forçada, recomeçando da melhor forma porquanto, pouco tempo depois, chegou ao terceiro posto, onde “rodou” na “sombra” de Miller e Espargaró), até que, no ponto crucial, na última oportunidade para fazer história, o piloto português entrou no eixo central da pista a caminho da primeira grande vitória na principal competição de Motociclismo (Moto GP), depois de algumas dezenas de outras vitórias em Moto 3 e Moto 2.

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No dia em que se comemoraram as 900 corridas desde que se iniciou esta competição, Miguel cumpriu as 150 provas, um que também é um feito de grande envergadura, numa história de uma vida dedicada ao desporto e ao Motociclismo em especial.

Miguel Oliveira (KTM) venceu com o tempo de 16.56,025, à média de 183,5 km/h – numa corrida disputada com 22º de temperatura e 60% de humidade, com a temperatura do piso a 35º – seguindo-se o austríaco Jack Miller (Ducati),a 0,316 milésimos do vencedor, e do espanhol Pol Espargaró (KTM), a 0,540.

O espanhol Joan Mir (Suzuki) ficou na quarta posição (a 0,641) e o italiano Andrea Duvizioso (Ducati) (a 1,414) ocuparam as posiçºoes seguintes.

Com este triunfo, Miguel subiu ao 9º lugar da classificação geral do MotoGP’2020, com 43 pontos, apenas a 13 pontos do terceiro lugar do actual pódio, que é liderado pelo francês Fabio Quartararo (Yamaha), com 70, seguindo-se o italiano Andrea Duvizioso (Ducati), com 67 e o austríaco Jack Miller (Ducati), com 56, o que abre maiores espectativas para esta competição, que terminará em Portugal, no Autódromo do Algarve, que poderá servir de talismã para Miguel se pode tornar campeão mundial.

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Quem espera sempre alcança, diz o ditado, podendo acrescentar-se que o poder da mente tem uma grande influência no desempenho humano. E, aí, Miguel provou que está em alta.

 

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