Com seis presenças na final da antiga Taça UEFA e na Liga Europa, a equipa espanhola do Sevilha mostrou, com alguma dificuldade, como se pode fazer o pleno na conquista de títulos, comprovado, esta sexta-feira, ante os italianos do Internazionale de Milão, que “ajudaram” no momento crucial do jogo.
Isto porque Lukatu, o melhor marcador da formação italiana, teve um momento de desconcentração e acabou por desviar a bola para a sua baliza ao tentar desviar o esférico rematado, de forma acrobática (o chamado pontapé de bicicleta) feito por Diego Carlos quando faltam cerca de quinze minutos para o final da partida.
Ao longo de todo o jogo a bola foi repartida pelas duas equipas (47-53% para os italianos), tendo a diferença sido feita pelos espanhóis nos pontapés para a linha final (14-9), dos quais 6-5 para a baliza.
Neste sentido, os espanhóis conseguiram chegar à margem mínima antes dos 90 (+6’), o que poderia levar a um prolongamento numa altura em que as duas equipas estavam quase de “gatas”, tal o esforço despendido neste final de época, face à pandemia, que atrasou tudo.
Ainda assim, foram os italianos que marcaram o primeiro golo, com Lukatu a (5’) transformar uma grande penalidade a castiga uma falta de Diego Carlos sobre o avançado italiano.
Os espanhóis reagiram pouco depois (12’), quando Luuk de Jong entrou de rompante no cruzamento feito por Naves e cabeceou para o empate.
Vinte minutos passaram e (33’) o próprio Jong voltou a marcar, colocando o Sevilha a vencer pela primeira vez no jogo, depois de Banega ter marcado um livre e o avançado ter voltado a marcar de cabeça.
No equilíbrio verificado, dois minutos depois (35’) Godin chegou ao empate, depois de cabecear a bola para a baliza em luta com dois defesas espanhóis, resultado que se manteve até ao intervalo, ainda que o Sevilha tivesse tido oportunidade para chegar ao terceiro golo (45+2’) que o guarda-redes italiano negou.
No segundo tempo, a toada de jogo não mudou muito – mesmo com as substituições feitas – tendo-se registado uma oportunidade flagrante para cada lado, quando (65’) Barella isolou Lukaku e este rematou para o guarda-redes defender com as pernas e, depois (72’), quando um livre marcado por Young levou o guardião sevilhano a defender a soco, afastando o perigo.
A hora das decisões finais estava a chegar e alguém se tinha de esforçar para dar a volta ao empate.
A “sorte” saiu ao Sevilha, com Diego Carlos (74’) a fazer o brilharete do pontapé acrobático e contar com a “ajuda” de Lukatu a desviar a bola para a sua baliza.
Depois de 2006, 2007, 2014, 2015 e 2016, o Sevilha chegou ao sexto título, enquanto o Inter ficou nos três conquistados (1991, 1994 e 1998).