Os jogos da fase final da Liga dos Campeões 2019/2020 vão ser realizados nos Estádios da Luz e de Alvalade, em Lisboa, segundo a notícia veiculada pela Federação Portuguesa de Futebol no seu site.
A decisão foi anunciada esta quarta-feira, na sequência de uma reunião do Comité Executivo da UEFA onde foram definidas várias datas e locais de competições internacionais que foram interrompidas devido à situação provocada pela pandemia de Covid-19 à escala mundial.
As eliminatórias serão discutidas apenas a uma mão, sendo que todas as partidas estão agendadas para o mês de agosto: os quartos-de-final serão jogados entre os dias 12 e 15, as meias-finais a 18 e 19 e a final está aprazada para dia 23 (domingo).
A realização dos encontros referentes à segunda mão dos oitavos de final da competição estão previstos para os estádios dos clubes que deveriam actuar na condição de visitados.
Caso tal não seja possível, a escolha recaiu no Estádio do Dragão (Porto) e no Estádio D. Afonso Henriques (Guimarães). A decisão será tomada nos primeiros dias de Julho.
Recorde-se que Portugal já recebeu dez finais europeias de futebol, entre as quais duas da Liga dos Campeões (1967 e 2014).
A propósito desta notícia, de grande impacto para Portugal, Fernando Gomes, presidente da Federação, subscreveu uma mensagem, também publicada no site federativo, do seguinte teor:
“Receber os jogos decisivos da edição 2019/20 da Liga dos Campeões no nosso país é um acontecimento de um valor extraordinário para Portugal.
Os jogos serão vistos por centenas de milhões de pessoas, contribuindo para sublinhar e reforçar a imagem positiva que Portugal deu ao Mundo durante um período que tem sido particularmente difícil e exigente para todos.
Em grande parte, digo-o com orgulho, receber estes jogos da Champions só é possível pelo comportamento que os portugueses têm tido – e precisam de continuar a ter – no combate sem tréguas à pandemia covid-19.
Mais do que confiar na FPF, a UEFA demonstrou que confia nos portugueses. No Governo, na federação, nos clubes, nas pessoas. De facto, ao longo das últimas semanas, as pessoas do futebol têm trabalhado em enorme proximidade com as autoridades de saúde. Isso deu-nos o conhecimento e a capacidade para lidar com a organização de jogos neste tempo especial que vivemos.
Na Selecção Nacional, na Cidade do Futebol, há muito que aprendemos que nada se consegue sozinho. Esta é mais uma demonstração.
Portugal dispõe de boas infra-estruturas, uma experiência acumulada na organização de grandes eventos internacionais e capacidade de construir equipas de trabalho de excelência.
O apoio dos clubes portugueses, que registo e agradeço, na cedência dos seus estádios e centros de estágios, além da disponibilidade de colaborar a todos os níveis da organização, foi essencial e viabilizou a opção pelo nosso país.
Nesta hora de grande responsabilidade para o país e para o futebol português, não posso deixar de agradecer publicamente a confiança depositada na FPF pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo Primeiro-Ministro, António Costa. Saberemos honrar o Futebol. Saberemos honrar Portugal.”