De uma forma específica, o Futebol continua a ser o foco principal da violência que perpassa pelo país, nesta “segunda vida” da Liga NOS, em que a Liga Portugal procura a verdade desportiva dentro das quatro linhas.
A isto juntou-se a magnitude que foi dada, de igual modo, ao racismo, cujo epicentro teve lugar em Nova Iorque – em que um polícia matou um cidadão afroamericano, advogado de profissão, com requintes de malvadez, colocando também em causa a forma como estes agentes são treinados para defender os cidadãos em cada cidade de um qualquer país.
Desta vez, no entanto, a violência está afastada dos recintos onde decorre a actividade (porque disputada à porta fechada face à pandemia do Covid-19) mas surge como que ao virar da esquipa, como aconteceu por duas vezes nas redondezas do Estádio do Sporting, com perseguições e agressões que não se entendem e, mais recentemente, com o arremesso de pedras para a parte fronteira do autocarro do Benfica, onde não se verificaram casos graves por mero acaso.
Tudo isto “gira” à volta, segundo se crê, da actuação e comportamentos levados a efeito por estruturas de alguma forma ligadas (ou alheadas, pelo que fazem) ao Sporting e ao Benfica, no último caso quando a equipa encarnada se dirigia para o Seixal, depois de ter empatado, no Estádio da Luz, frente ao Tondela no jogo da 25ª jornada da Liga NOS, no reinício desta competição.
As informações já coligidas pela GNR e PSP parecem ter descoberto o fio à meada desta “artimanha”, mas nada é, ainda, público, a não ser que alguns elementos desse grupo de “ataque” terão sido identificados.
Sendo isso importante, para que se possa fazer justiça, não há dúvida que algo tem que ser feito para evitar este tipo de situações, o que não é fácil face ao “modus operandi” destes grupos, a não ser que que se utilizem medidas ditas de “antiterrorismo”, o que torna a situação embaraçosa para um país democrático, ainda que podendo actuar de forma mais “musculada”.
Fica o apelo para que haja desportivismo, civismo, fair play e, acima de tudo, comportamentos sociais concorrentes para um desporto sem violência, sem racismo, sem xenofobismo, dentro de um quadro de tolerância global.