A Direcção da Federação Portuguesa de Futebol – de acordo com a notícia veiculada no seu site oficial – aprovou, esta quarta-feira, um amplo plano de emergência e reestruturação do terceiro escalão do futebol sénior masculino português, resultado da reflexão dos últimos seis meses com as Associações e demais sócios FPF.
O plano tem os seguintes principais objectivos: assegurar o maior número possível de projectos equilibrados; aumentar a competitividade; melhorar a qualidade de jogo; aproximar os adeptos do futebol local; criar espaços de desenvolvimento para o jovem jogador português na transição dos sub-19 para os seniores e garantir um formato adequado ao que se prevê venha a ser a próxima época, no quadro da pandemia COVID-19.
Para o efeito, a FPF decidiu criar em 2021/22 uma nova prova, designada para já “III Liga”, que servirá de acesso à Liga Pro.
Na época 2020/21, competirão no Campeonato de Portugal as seguintes 96 equipas: duas vindas da Liga Pro, 70 que permanecem, 20 que ascendem das competições regionais e 4 novas equipas B.
Nas três épocas seguintes, a “III Liga” e o Campeonato de Portugal verão o número de clubes reduzir-se até 76.
A FPF acordou com o Sindicato dos Jogadores que os profissionais destas competições terão como valor de remuneração base o salário mínimo nacional.
Além desta medida, a taxa de jogo sofrerá uma redução significativa e haverá ajustes no valor de inscrição de jogadores.
Por outro lado, a FPF definiu novas regras para a principal competição de futebol feminino (Liga BPI), em linha com o pensamento das instâncias internacionais de futebol, entendendo que será expectável que o impacto da pandemia COVID-19 possa ser significativamente maior sobre sectores em desenvolvimento.
No futebol, este é sem dúvida o caso do futebol feminino.
Apesar do desenvolvimento dos últimos anos, continuam a existir em Portugal pouco mais de 11 mil jogadoras de futebol e futsal.
Na época passada, a FPF iniciou um programa de apoio aos clubes da Liga BPI.
Este programa apoia 12 clubes e visa contribuir para a sustentação e crescimento através do incentivo a melhores recursos humanos nos clubes com equipas femininas.
Numa fase particularmente crítica em que está em risco o que foi conseguido no nos últimos cinco anos, seria importante que a FPF conseguisse auxiliar mais clubes como forma de manter o número de praticantes e a competitividade da prova e das selecções nacionais.
Pelo que a Direcção da FPF entendeu que, ao aumentar a Liga BPI de 12 para 20 clubes, isso permitirá apoiar directamente quase o dobro das jogadoras portuguesas, muitas delas activas em selecções nacionais de diferentes escalões.
Assim, além dos 12 clubes que competiram na Liga BPI em 2019/20, participarão em 2020/21 também os 8 vencedores de série do Campeonato da II Divisão Nacional Feminino.
Uma vez mais, no seu âmbito, a FPF a criar o futuro!7