Sábado 23 de Novembro de 2024

Benfica (também) na “derrocada” do futebol luso na Europa

BenficaShakhtar_H0P8444Em pouco mais de uma semana (que começou com o caso “Marega”), o futebol português deitou a perder muito do que tinha ganho na primeira fase (grupos) da Liga dos Campeões e da Liga Europa, consubstanciada numa “derrocada” completa que atingiu os emblemas do Sporting de Braga, F. C. do Porto, Sporting e Benfica.

De uma assentada e na primeira eliminatória (dezasseis avos) dos jogos a eliminar à segunda, as quatro principais formações lusas da actualidade meteram “a viola no saco”, sem esquecer “o triste fado” que perpassa pelo futebol português.

Muito mais “grave” porque a última situação idêntica se verificou na época de 1978/79, ou seja, passadas que foram quatro décadas (41 épocas).

O que, ainda que mantenha o sexto lugar no ranking da UEFA (49,249 pontos), afastou mais Portugal da França (5º com 56,415), ainda que mantenha uma vantagem de cerca de quatro pontos sobre a Rússia (49,249 – 45,549), perdendo a oportunidade de poder encaixar dois clubes na Liga dos Campeões na próxima época.

Quanto ao jogo realizado no Estádio da Luz, o Benfica desde o início da partida que demonstrou alguma fragilidade, em especial falhando muitos passes de bola entre os jogadores, se bem que se mostrassem mais activos ante uma defesa em alta por parte dos ucranianos do Shakhtar, que quase fechavam todos os corredores a caminho da sua baliza.

Ainda assim, o Benfica foi tentando e (6’) Dyego Sousa rematou bem mas à figura do guardião visitante para, dois minutos volvidos, Pizzi ter tido oportunidade de rematar em arco, com a bola a sair bem perto do poste mais longe da baliza do Shakhtar.

Nesta fase de ascensão, o Benfica acabou por abrir o marcador (9’), quando Pizzi, como da primeira vez, ter conseguido oportunidade para voltar a rematar, da mesma forma, ainda que, desta vez, com a bola a entrar na baliza.

BenficaShakhtar_H0P8499Mas foi sol de pouca dura, porquanto os ucranianos chegaram ao empate “enquanto o diabo esfregou o olho”, isto é, com um autogolo (12’) de Rúben Dias quando tentou desarmar o atacante visitante que seguia isolado para a baliza.

Poucos minutos depois (20’), o perigo voltou a rondar a baliza de Odysseias, que viu a bola bater no poste e sair pela linha final.

No vai e vem da bola pelos dois meios campos, o Benfica voltou a liderar (36’) o marcador, com um belo golo obtido pelo central Rúben Dias (que minutos antes tinha protagonizado um autogolo), no seguimento de um pontapé de canto, surgindo por cima de toda a gente e cabeceando para o 2-1, com Dyego Sousa a (41’) a ficar perto de marcar, mas o guarda-redes foi mais lesto a defender, se bem que o árbitro assinalou fora de jogo.

Em termos de jogo jogado no decorrer do primeiro tempo, a posse de bola foi conquistada (53%) pelo Benfica, curto para uma “avalanche” de pressão que se pretendia surgisse, se bem que a eficácia no remate chegou aos 50%, porquanto em quatro remates à baliza marcou dois golos.

No segundo tempo, aproveitando o “elã” do final da primeira parte, o Benfica chegou ao 3-1, com um golo obtido (47’) por Rafa, num remate em arco, por cima do guarda-redes Pyatov, depois de Dyego Sousa ter ganho a bola à defesa, tentou espaço para rematar mas, como não conseguiu, atrasou para Rafa que “disparou” de forma imparável.

Pareceu que o Benfica tinha encontrado o caminho para o apuramento mas (47’) – dois minutos depois apenas – o Shakhtar volou a reduzir, com um golo marcado por Stepanenko, no seguimento de um canto, em que a defesa benfiquista n ada fez para “tapar” o espaço ao jogador ucraniano.

Com o 3-2, os ucranianos estavam com o apuramento à vista (mais golos marcados fora), se bem que foram os visitantes a tomar as rédeas do jogo (o ambiente quente foi “amortecendo” as capacidades dos jogadores benfiquistas), com Odysseias a “safar” algumas situações de perigo eminente para a sua baliza.

Enquanto isso, o Benfica tardava em fazer substituições, com jogadores a cumularem esforço demasiado, em especial para recuperarem o espaço junto da respectiva baliza, porquanto os ucranianos pressionavam.

Numa dessas vezes (66’), a bola foi à trave da baliza de Odysseias, ainda que o rematador estivesse em for de jogo, tendo o Benfica respondido com um cabeceamento de Seferovic, decorrente da marcação de um livre (68’) por parte de Pizzi, algo apático desde o início do jogo.

BenficaShakhtar_H0P7713E três minutos depois o Shakhtar deu o “golpe final”, com a obtenção (71’) do terceiro golo, por Patrick, que aproveitou as falhas da defesa encarnada e rematou da zona da marca da grande penalidade sem apelo nem agravo.

Com os ucranianos a “travar” as manobras e sem que o Benfica tivesse alma e coração para mais, o tempo foi passando e Vinícius ainda tentou, de cabeça, no seguimento de um livre marcado (84’) por Rúben Dias, chegar ao golo, no segundo poste, mas a bola foi à figura de Pyatov.

Mais quatro minutos passados depois dos 90, a partida terminou e a eliminação do Benfica ficou confirmada, com o agregado de 5-4 para os ucranianos.

Antes, o Sporting (em Istambul, na Turquia) também tinha perdido (4-1) com os turcos do Istanbul Basaksehir, com golos de Skrtel (31’), Aleksic (45’), Vietto (68’), Visca (90+2’ e 118’), numa partida em que, com o ouro na mão, deixaram-no “roubar” quando Visca, já nos minutos finais do jogo, chegou ao 3-1, igualando o resultado da primeira mão, no que foi mais uma acção de falta de concentração da equipa leonina, tal cmo tinha acontecido em Lisboa, onde o Sporting teve oportunidade de golear, acabando por ser eliminado.

No Estádio do Dragão, o F. C. do Porto voltou a não dar conta do recado e perdeu por 3-1 (somando um total de 5-2 com o resultado da primeira mão).

Os golos foram marcador por Alario (10’), Demirbay (50’), Havertz (57’) e Marega (65’), o que levou ao segundo triunfo dos alemães do Bayer de Leverkusen.

Por seu lado, o Sporting de Braga, depois de ter perdido na Escócia (3-2) – com dois golos fora que poderiam dar outro conforto – acabou por perder (1-0) em Braga, com um golo marcado por Kent (61’), deixando o ouro todo ao “bandido”, que segue em frente após o agregado de 4-2.

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