Terça-feira 03 de Dezembro de 2024

Prémios de Jornalismo sobre Direitos Humanos e Integração entregues no D. Maria I

IMG_4758O Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração, uma iniciativa conjunta da Comissão Nacional da UNESCO e da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, na área da imprensa escrita, radiofónica e audiovisuais, foi entregue aos respectivos vencedores no decorrer de uma sessão pública realizada no Teatro D. Maria I.

Este prémio tem por objectivo reconhecer o trabalho desenvolvido por profissionais da comunicação social, a nível nacional, em prol dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

O Prémio, num valor global de 10.000 euros, foi atribuído aos melhores trabalhos realizados, no ano anterior, por profissionais da comunicação social nas modalidades atrás referidas, incluindo ainda o Prémio de Imprensa Regional ao melhor trabalho publicado ou difundido num órgão de comunicação social regional e local, independentemente da categoria em que se insere.

Em relação ao ano de 2019, foram apresentados ao respectivo júri – presidido pelo Prof. Guilherme de Oliveira Martins, acompanhado de Catarina Duff Burnay e Francisco Sena Santos – quatro projectos na área da imprensa escrita, cinco na rádio e sete no âmbito audiovisual.

Na escrita, houve dois vencedores, ex-áqueo, um intitulado “Uma nova vida, cá, após perder tudo (ou quase), subscrito pela jornalista Maria do Céu Neves e publicado no Diário de Notícias, e, outro, firmado por Maria João Guimarães, no jornal Público e intitulado “Uma geração tentar sair de Gaza para dizer: “Sou de Gaza”.

CNID_LOGO_1_1Nesta área, o Prémio para a Imprensa Regional foi ganho por Martine Rainho, num artigo intitulado “Activismo-Direitos Humanos: uma questão de educação” e publicado no Semanário Região de Leiria.

Na rádio, o primeiro prémio foi atribuído ao programa intitulado “Zohra – Uma Partitura para a Liberdade”, da autoria de Isabel Meira e difundida na Antena 1 e Antena 2;

Foram ainda atribuídas duas Menções Honrosas, uma a Liliana Corona, com o programa “Gente como nós – Do horror da Síria para a tranquilidade de Vila Nova de Tazem”, difundida na Rádio Renascença; e “Lembra-te de mim”, sobre a doença de Alzheimer, da autoria de Cristina Lai Men, editada pela TSF.

No âmbito dos meios audiovisuais, foram atribuídos dois primeiros prémios, um denominado “Pareciam foguetes de lágrimas”, da autoria de Raquel Moleiro, Tiago Miranda, João Santos Duarte e Tiago Pereira Santos e emitida no Semanário Expresso (multimédia) e, outro, intitulado “Viver no Hospital” – sobre os idosos – da autoria de Paula Cristina Damas Revelo, reportagem publicada na RTP.

Menções Honrosas foram entregues aos autores das peças “Um povo em fuga – Venezuela”, de Mafalda Gameiro e emitida na RTP, bem como a Sibila Lind, Liliana Valente e Frederico Batista, no vídeo intitulado “Pedrógão Grande: eis que fazem novas todas as coisas” – que se refere aos incêndios de há três anos, ainda hoje traumatizantes.

Quase que “combinado” – mas nem por isso, pelo que viu “ao vivo” – a maioria dos premiados referiram-se a um “mal-estar” em vários órgãos da comunicação social, mormente os dos grupos privados, em que as condições de trabalho são mínimas e em que a saída de muitos jornalistas colocou os quadros nos mínimos dos mínimos, sendo cada vez “mais difícil” fazer jornalismo sério e independente.

André Moz Caldas e Nuno Artur Silva, secretários de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e do Cinema, Audiovisual e Media fizeram, nas suas intervenções, a apologia deste tipo de prémios, pela importância dos temas abrangidos e pela consideração pelos jornalistas, realçando as catorze edições já concretizadas, tendo André Moz Caldas, salientado que “este prémio singular é um importante instrumento ao serviço do reconhecimento público do trabalho das jornalistas e dos jornalistas, e de outros profissionais da comunicação social”, reforçando que “vivemos num mundo de novos muros, em que o silêncio e a desinformação cimentam o preconceito, a discriminação, o ódio e o medo, essas velhas pedras de seculares cátedras, da opressão e da guerra”.

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