Numa partida imprópria para cardíacos de princípio a fim, em especial no prolongamento – onde tudo ficou decidido – o Liverpool superiorizou-se ante um “atrevido” Flamengo, a quem faltou a chama que teve ao conquistar os dois primeiros títulos, o primeiro no Brasil e o segundo a Taça dos Libertadores, antes de rumar para o Mundial de Doha.
Foi preciso um prolongamento de 30 minutos para que o título ficasse atribuído, pese embora os britânicos tivessem tido mais e melhores oportunidades, porquanto mais fortes de espírito e, até, fisicamente.
Aliás, no triunfo (3-1) sobre o Al Hilal, na meia-final, foi possível notar-se que o cansaço estava bem patente na equipa de Jorge de Jesus que, face ao “jet leg”, o que acabou por ser fatal nesta final, onde Gabigol se mostrou menos rápido e não tão oportuno.
De qualquer forma, o Liverpool conseguiu o seu primeiro título mundial depois de vencer (1-0) um Flamengo que, em 1981, também subiu ao pedestal mãos alto da Taça Intercontinental, que antecedeu este mundial de clubes.
O golo dos ingleses surgiu na segunda parte do prolongamento, quando Mané foi lançado pela direita do seu ataque, levando a bola até quase à linha final e centro, atrasado, para Firmino, que driblou Caio e o próprio guarda-redes Diego Alves para rematar pela certa, aproveitando um contra-ataque muito rápido, para os quais os defesas brasileiros ficaram “colados” ao relvado.
Se se deve saudar os novos campeões, que obtiveram o seu primeiro título mundial, há que dar os parabéns ao Flamengo e a Jorge Jesus pelo excelente trabalho que fez pela equipa brasileira, levando-a pela segunda vez à final do Mundial.
Trabalho de Jorge Jesus que vai ser recompensado por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, com a outorga da Ordem do Infante D. Henrique em data oportuna.