Sábado 23 de Novembro de 2024

“Graças a Deus conseguimos dar a volta” ou a fé de Vinicius

Carlos Palma / CN

Carlos Palma / CN

Foi com esta frase que Vinicius, que entrou aos 60’ para a equipa do Benfica, como que “explicou” o triunfo da formação benfiquista frente a um Lyon que comandou quase sempre o jogo, teve mais posse de bola (43/57%) e criou mais perigo junto da baliza à guarda de Vlachodimos.

Acrescente-se, desde já, que o primeiro golo do Benfica, obtido (4’) por Rafa, redundou de um falhanço completo da zona esquerda da defesa dos franceses que, ao fazerem a cobertura necessária, permitiram que o atacante encarnado surgisse sozinho frente ao guardião Anthony Lopes e rematasse à vontade.

Como seria de esperar, o Benfica entrou com toda a vontade do “mundo” para tentar marcar primeiro e seguir na frente – de acordo com a palavra de ordem proferida por Bruno Lage de que “temos que ganhar os dois jogos com o Lyon para podermos seguir em frente” – pelo que o 1-0 logo aos quatro minutos foi como que uma bênção, permitida por uma defesa francesa que andou às “aranhas” e deixou o caminho aberto a Rafa.

Carlos Palma / CN

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Ainda que com um peso mais defensivo (entrou a jogar num 4x4x2) o Lyon aproveitou para atacar num 2x4x4, colocando muita gente na linha média e avançada, gizando jogadas de bom recorte, que permitiu tomar conta da posse de bola.

O Benfica mantinha a força anímica para marcar e Seferovic (19’) viu-se isolado mas descaiu de mais para o lado esquerdo e ficou sem ângulo para rematar, ainda que o tenha feito muito ao lado da baliza e no lado contrário.

Seferovic (27’), na sequência de um maior número de ensaios para atacar, deixou fugir uma bola que esteve nos seus pés, embora em luta com um defesa francês e de costas para a baliza, perdendo uma oportunidade de poder criar perigo e, quem sabe, poder aumentar a vantagem benfiquista.

À passagem da meia hora, o Benfica esteve em “maus lençóis” quando Dembelé, na zona frontal para a baliza e fora da grande área, rematou forte e que só não entrou porque Grimaldo via a trajectória da bola e conseguiu interceptá-la com a sorte de ter subido e saído por cima da barra da baliza de Vlachodimos.

Na resposta, coube (37’) a Tomás Tavares liderar uma fuga pela direita e centrar para a entrada da grande área, onde surgiu Seferovic que rematou de primeira mas por cima da barra.

No segundo tempo, os comandados de Bruno Laje começaram a acusar algum “desnorte” na ligação entre os vários sectores, enquanto o Lyon se mostrou mais acutilante e até podia ter marcado, se bem que defesa benfiquista, desta vez, safou-se.

Thiago Mendes, que entrou aos 56’, esteve na origem de uma jogada perigosa (63’) dos franceses ao rematar de longa mas Cervi conseguiu desviar a direcção e amortecer a bola, que chegou devagar ao guardião do Lyon.

No minuto seguinte, foi o Lyon que chegou à baliza de Vlachodimos, com Cornet a rematar mas Ferro a desviar, que foi bater estrondosamente na ângulo da trave e do poste, perdendo-se a oportunidade para os franceses.

Mantendo uma maior ofensiva – mercê também de um certo “apagamento” da equipa do Benfica – o Lyon voltou à carga (70’) e, desta vez, com êxito.

Carlos Palma / CN

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Ataque do Lyon, defesa do Benfica a recuar, sem fechar os caminhos, levando a que Tousart centrasse com conta e medida para Depay igualar o marcador.

O Lyon continuou a aproveitar uma “certa paragem no tempo” da formação benfiquista e (73’) novo contra ataque do Lyon provocou perigo mas que não deu resultados.

O Benfica continua a preferir jogar mais em termos individuais, o que não deu resultado, porquanto a dupla defesa francesa depressa fez parar a bola, sem que esta chegasse à baliza, o que levou o Lyon a quase marca (80’) quando um remate em arco de Depay obrigou a uma grande defesa de Vlachodimos.

Nesta altura, soube-se que estiveram na Luz 53.055 espectadores, um número muito bom mas bem longe daquilo que aconteceu na época passada na maior parte dos jogos.

A partir de um livre (83’) marcado pelo Benfica – que não resultou – os encarnados começaram a pensar que era hora de poder chegar ao triunfo e Pizzi (85’) rematou forte mas para o poste, chegando o golo da vitória no minuto seguinte, quando Pizzi, aproveitando um brinde do guardião francês, captou a bola e rematou para onde devia ser, conquistando os três pontos para o Benfica, que tanta falta fazia.

No tempo de compensação, nada de anormal se passou e o eslovaco Ivan Kruzliak – que conduziu sem grandes reparos o jogo – deu o jogo por terminado.

As equipas alinharam da seguinte forma:

Carlos Palma / CN

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Benfica: Vlachodimos; Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Gedson, Florentino e Gabriel; Rafa (Pizzi, 20’), Seferovic (Vinícius, 60’) e Cervi (Rául de Tomás, 78’).

Lyon: Anthony Lopes; Dubois, Denayer, Marcelo e Koné; Terrier (Thiago Mendes, 56’), Aouar (Reine-Adélaide, 88’), Tousart e Cornet (Traoré, 66’); Dembélé e Depay.

Disciplina: cartão amarelo para Marcelo (10’), Dembélé (27’), Koné (38’), Pizzi (42’) e Gedson (59’).

No outro jogo do grupo, o Leipzig derrotou (2-1) o Zenit (Rússia), pelo que os alemães passam a liderar (6 pontos), seguido do Zenit e Lyon (4) e o Benfica, no último lugar, com 3 pontos.

Também pela derrota do Zenit, Portugal subiu ao 6º lugar do Ranking da UEFA, com 43,849 pontos, descendo a Rússia ao 7º, com 43,549

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