O Benfica começou com o “pé esquerdo” a fase de grupos das Champions League ao perder (1-2), no Estádio da Luz, com o Leipzig, numa partida onde foram os alemães a ter mais posse de bola e a criar as situações mais perigosas, que levou os visitantes a um 2-0 a cerca de quinze minutos do final da partida.
Com uma formação remodelada, ousada mesmo para os mais “conservadores”, a verdade é que a equipa sempre deu nota de que poderia obter um resultado diferente, pese embora, ao longo da partida, tivesse tido grandes dificuldades não só para chegar perto da área dos alemães como rematar à baliza.
O Leipzig chegou ao final do primeiro tempo com uma vantagem de 52/48 % (ainda que com vantagem benfiquista de 4-3 em remates para a baliza), tendo terminado a partida com 51/49%, pelo que o maior trabalho com bola foi feito pelos alemães.
Cobrindo o campo todo, o Leipzig tomou a liderança logo após o início do jogo, mas foi Raul de Tomaz que (11’) criou o primeiro perigo ao rematar mas muito por cima da barra.
Mais tarde (25’) foi Vlachodimos que se impôs com uma grande defesa a impedir o golo dos visitantes, com Gulacsi (28’), na outra baliza, a fazer o mesmo, mantendo-se o zero-zero.
O equilíbrio foi a nota dominante, sem grande perigosidade para qualquer das balizas, se bem que o Benfica tivesse tido uma excelente oportunidade de marcar quando (45+2’) Raul de Tomaz se isolou – no seguimento de um livre – frente ao guardião alemão mas rematou de forma a permitir a defesa de Gulacsi, tendo feito ainda a recarga mas da mesma forma.
O segundo tempo iniciou-se com uma jogada de perigo dos alemães, tendo Vlachodimos de se lançar aos pés do avançado para evitar o golo que se vislumbrava, o mesmo sucedendo dois minutos depois (49’), com o guardião benfiquistas a defender com o pé.
No período seguinte, o Leipzig forçou um pouco o andamento e colocou-se, de novo, a comandar o jogo, pese embora o Benfica, por Pizzi, outra oportunidade de marcar (61’). Conseguiu isolar-se mas rematou à figura do guardião alemão.
Situação semelhante verificou-se pouco depois (65’), com Raul de Tomaz a cabecear para as mãos do guardião alemão.
Em três minutos os alemães colocaram-se em vantagem, numa altura em que o Benfica fez a primeira substituição (entrada de David Tavares para a saída de Jota) na tentativa de mudar a estratégia, o que originou mais uma oportunidade para o Benfica, levando Pizzi (68’) a fazer um excelente e potente remate mas a sair a rasar o poste.
Na resposta (69’), os alemães fizeram o 1-0. Defesa benfiquista desatenta, boa deslocação dos avançados visitantes e Timo Werner isolou-se na grande área para bater Vlachodimos pela primeira vez, com um remate fora de alcance do guardião.
O Benfica, como competia, respondeu de forma rápida e Grimaldo marcou um livre com conta e medida para a baliza mas a bola encontrou pelo caminho o guardião alemão, que fez uma excelente defesa, gorando-se o golo
Cervi (74’) surgiu isolado frente a Gulacsi mas não conseguiu marcar porque o guardião defendeu com o pé e, logo de seguida (76’), nova mexida na equipa (com o técnico Bruno Lage na bancada, por suspensão) com a entrada de Rafa e Seferovic para tentar rectificar o que não estava a correr bem.
Não resultou de imediato – nem até final do jogo – porquanto (77’) Timo Werner marcou o segundo golo para os alemães, que colocou três jogadores isolados na grande área, não tendo Vlachodimos qualquer hipótese de defender. O que foi um balde de água fria.
Com cerca de um quarto de hora para jogar, o Benfica foi buscar algumas forças ainda para, pelo menos, reduzir a desvantagem para 1-2, quando (84’) Seferovic fez o gosto ao pé, acorrendo a um centro da direita, feito por Rafa, e rematou para o fundo da baliza alemã.
A partir daí o Benfica instalou-se no meio campo alemão mas não teve arte nem manha para modificar o resultado, apesar de (90+2’) Taarabt, a passe de Grimaldo, tivesse cabeceado por cima da barra.
Sob a direcção do grego Tasos Sidiropoulos, as equipas alinharam:
Benfica – Vlachodimos; Tomás Tavarares, Rúben, Ferro e Grimaldo; Fejsa, Taarabt e Cervi (Rafa, 76’); Pizzi (Seferovic, 76’), Jota (David Tavares, 66’) e Raul de Tomaz.
Leipzig – Gulacsi; Laimer (Haidara, 39’), Konaté, Orban e Halstenberg (Klostenberg, 83’); Mukiete e Demme; Sabitzer, Poulsen, Timo Werner e Forsberg (Nkunku, 88’).
Disciplina – Amarelos para Yurary (57’), Jota (62’) e Haidara (70’).
No próximo jogo, o Benfica deslocar-se-á ao campo do Zenit (dia 2 de Outubro), russos que, esta terça-feira, foram empatar (1-1) a Lyon (França).