Portugal – que se sagrou bicampeão mundial em 1989 e 1991, na era de Carlos Queiroz – vai tentar chegar ao terceiro triunfo no mundial de sub-20, em futebol masculino, competição que se inicia esta quinta-feira, na Polónia, no que será a 21ª edição.
Depois de uma primeira presença em 1979 (Japão), em que a formação lusa obteve o 7º lugar (quartos-de-final) – na terceira edição – Portugal não se qualificou nos anos seguintes, como que preparando um regresso ao “mais alto nível”, como se verificou em 1989 (Arábia Saudita), com o ouro a surgir e que se confirmou dois anos depois, com o antigo Estádio da Luz a receber a maior enchente (mais de 150 mil pessoas) de sempre num jogo efectuado no país.
Na Austrália (1993), não se passou da fase de grupos mas a vontade inabalável dos portugueses voltou ao de cima em 1995, com a medalha de bronze no Qatar ao chegar ao peito de cada um, uma vez mais com o Oriente a reluzir de verde e vermelho.
Seguiram-se mais anos sem êxito (oitavos-de-final e ou não participação), para regressar, de novo em beleza, em 2011 (Colômbia), com a presença na final, onde fomos derrotados pelos nossos irmãos do Brasil.
Nas últimas três edições ficamos pelos oitavos-de-final em 2013 (Turquia) e pelos quartos-de-final em 2015 (Nova Zelândia) e 2017 (Coreia do Sul).
Este ano, em terras polacas, a formação lusa volta a estar presente e com o propósito forte de reeditar um triunfo que tem fugido nestes últimos anos.
Com uma campanha globalmente positiva – apesar de não se ter conquistado nenhum título – Portugal é uma marca forte nesta competição, porquanto está no quinto do lugar do ranking mundial, lista que é liderada pelo Brasil, apesar de este ter apenas ganho uma vez (2011), somando pontos por ter participado em 18 edições (das 21 concretizadas).
Dos 21 jogadores escolhidos pelo seleccionar nacional, Hélio Sousa – cuja “residência” é na cidade de Lodz – 14 sagraram-se campeões europeus de sub-17 (2016) e de sub-15 e sub-19 o ano passado.
Os jovens agora preparados para esta acção são Diogo Costa (F.C.Porto), João Virgínia (Everton), Luís Maximiano (Sporting), Diogo Dalot (Manchester United), Diogo Queirós (F.C.Porto), Diogo Leite (F.C.Porto), Rúben Vinagre (Wolwerhampton), Thierry Correia (Sporting), Francisco Moura (Sp. Braga), Romaian Correia (V. Guimarães), Florentino Luís (Benfica), Geldson Fernandes (Benfica), Miguel Luís (Sporting), Nuno Henrique (Chievo Verona), Nuno Santos (Benfica), Jota (Benfica), Rafael Leão (Lille), Mesaque Dju (West Ham), Trincão (Sp. Braga), Pedro Neto (Lazio) e Pedro Martelo (Sp. Braga).
É com este grupo que Hélio Sousa vai trabalhar para se Portugal apresentar da melhor forma a caminho do objectivo principal, cujo último jogo de preparação deu excelentes indicações, porquanto a selecção nacional venceu (3-1) a Arádia Saudita, depois de estar a perder 0-1.
Integrado no grupo F, Portugal está junto com a Coreia do Sul, África do Sul e Argentina, realçando-se que os argentinos já conquistaram seis títulos mundiais (1979, 1981, 1995, 1997, 2005 e 2007), em quinze presenças, tantas quantas a Espanha, que apenas venceu em 1999.
Os primeiros jogos da fase de qualificação reportam-se ao grupo A, com um Taiti-Senegal (17 horas locais) e o Polónia-Colômbia (19h30), marcados para esta quinta-feira, ao mesmo tempo que os encontros do grupo B, que opõem o México e a Itália e o Japão-Equador.
Portugal estreia-se no dia 25 (sábado), defrontando a Coreia do Sul pelas 17 horas locais. Seguir-se-á o Portugal-Argentina (dia 28, 17 horas) e o África do Sul-Portugal (dia 31, 19h30).
Tudo a postos, tudo pronto para a luta e que Portugal encontre o caminho da felicidade que justifique a melhor qualificação possível. É que resultados … só no final!