O grego Stefanos Tsitsipas (actual 10º ATP) e o uruguaio Pablo Cuevas (67º) avançaram, este sábado, para a sexta final ao nível ATP no espaço de doze meses.
Tsitsipas (20 anos), foi o primeiro jogador apurado para a final de singulares do Millennium Estoril Open, depois de uma mais ou menos cerrada final com o belga David Goffin, tendo vencido por 3-6, 6-4 e 6-4.
Aguardado por todos, o encontro prometia e não desiludiu: ao longo de 2h19, foram muitos os momentos merecedores de aplausos de parte a parte, com aqueles que são dois dos melhores tenistas da actualidade a darem espectáculo perante um Estádio Millennium totalmente lotado.
O jovem grego – que na jornada anterior colocou um ponto final na caminhada histórica de João Domingues, a surpresa do torneio – foi quem entrou melhor. Tsitsipas dispôs de três break points distribuídos pelos dois jogos de serviço inaugurais de Goffin, mas o belga mostrou-se exímio na arte de os salvar e ainda mais apurado no momento de contra-atacar: bastou-lhe uma oportunidade para consumar a quebra de serviço que o fez partir para a vitória no parcial inaugural, mais tarde confirmada com um segundo break.
Num encontro de “alta tensão”, o ritmo raramente baixou. Quer um, quer outro revelaram ter a lição bem estudada para explorarem as fragilidades do outro lado da rede, mas o capítulo do serviço revelou-se traiçoeiro. De tal forma que o segundo parcial deu origem a sete (!) quebras de serviço em 10 jogos, antes de cair para o lado do primeiro cabeça de série que, na recta final, conseguiu melhorar as percentagens do “saque” para ter uma palavra a dizer nesta tão entusiasmante discussão.
Chegado o momento de todas as decisões, quer Tsitsipas quer Goffin elevaram o nível. O serviço deixou de ser um ponto tão fraco quanto no parcial anterior e com o avançar do marcador tornou-se claro que o primeiro jogador a ferir o adversário ficaria com fortes possibilidades de inscrever o nome na final.
Foi o que aconteceu: ao nono jogo, aquele que já é o melhor tenista grego de todos os tempos, conseguiu falar mais alto e conquistar o break necessário para no jogo seguinte carimbar a vitória com a sua pancada de serviço.
Somada a terceira vitória consecutiva no Clube de Ténis do Estoril, Stefanos Tsitsipas está pela sexta vez na carreira na final de um torneio do circuito ATP – todas elas disputadas em pouco mais de um ano, uma vez que quando chegou a Portugal (2018) horas depois de se estrear em decisões no ATP 500 de Barcelona (onde foi derrotado por Rafael Nadal).
O jogo realizar-se-á pelas 15h30 no Estádio Millennium deste domingo.
Se Tsitsipas vencer, somará 250 pontos e subirá, de novo, ao 8º lugar no ATP, com 3.280 pontos, enquanto Cuevas passará do 67º para o 54º lugar.
Pablo Cuevas na décima final da carreira
O lucky loser uruguaio marca presença no derradeiro encontro do Millennium Estoril Open depois de eliminar o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, a grande sensação do torneio, por 3-6, 6-2 e 6-2.
Davidovich Fokina e Pablo Cuevas assumiram o protagonismo no Estádio Millennium. O uruguaio – o mais experiente dos dois com 33 anos – foi quem entrou melhor ao conquistar uma preciosa vantagem de 3-1, mas o espanhol de 19 anos, campeão de Wimbledon em 2017, mostrou toda a irreverência e talento que o caracterizam, completando cinco vitórias consecutivas.
Cuevas puxou o ascendente para o seu lado quando ‘feriu’ Davidovich Fokina: o espanhol foi quebrado a 3-2 e no último ponto desse jogo de serviço lesionou-se, tendo sido assistido pelo fisioterapeuta. A partir desse momento, Fokina iniciou um jogo de tudo ou nada e mostrou sempre estar desconfortável com as suas limitações físicas.
Despedida inglória para a grande sensação do torneio, que certamente guardará na memória a quinta edição do torneio português, onde, vindo do qualifying, conquistou a primeira vitória a nível ATP (que antecedeu os primeiros quartos e meias-finais). Fokina segue agora para Madrid, o ‘seu’ masters 1000, como convidado da organização.
Franceses e britânicos na final de pares
A dupla francesa constituída por Jérémy Chardy e Fabrice Martin bateu Marcus Daniell e Wesley Koolhof (Nova Zelândia/Holanda) pelos parciais de 3-6, 7-6 (5), 10-8 e carimbou o passaporte para a final deste domingo.
Os franceses inverteram um encontro que parecia perdido, já que à desvantagem no primeiro set seguiu-se um break abaixo na abertura do segundo. Apenas ao oitavo jogo foi devolvida a quebra de serviço, e depois do triunfo no tie-break por 7-5, tudo se resumiria ao match tie-break: aí, a dupla gaulesa também teve de lutar muito, mas selou o triunfo ao cabo de 1h46 minutos.
Jérémy Chardy e Fabrice Martin igualam o resultado da final de Marselha em fins de Fevereiro e terão pela frente neste domingo a parceria composta pelos britânicos Luke Bambridge e Jonny O’Mara, carrascos de João Sousa e Leonardo Mayer, que ontem ultrapassaram os espanhóis Gerard Granollers e Marc López por 6-4 e 7-5.
O confronto disputa-se às 13 horas deste domingo.