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João Domingues (214º) voltou a impressionar ao terceiro dia do Millennium Estoril Open depois de conquistar a terceira vitória consecutiva (duas no qualifying e uma na primeira ronda do quadro principal), o que acontece pela segunda vez na história da presença deste tenista no torneio português do ATP.
Era um dos grandes encontros da primeira jornada relativa à grelha principal e não desiludiu: depois de ultrapassar de forma categórica os dois encontros da fase de qualificação, João Domingues voltou a brilhar para ultrapassar Alex de Minaur — um dos tenistas mais promissores da nova geração — com os parciais de 6-2, 2-6 e 6-2.
Frente a frente com o australiano pela primeira vez na carreira, o jogador oliveirense (25 anos) tinha a seu favor a preferência pelo pó de tijolo e o ritmo ganho nas últimas semanas. As dificuldades eram, por isso, mais do que esperadas mas João Domingues soube reagir bem à circunstância e entrou no encontro com muita confiança, de tal forma que ameaçou o break logo ao primeiro jogo e o confirmou no seguinte. A vantagem ganha logo no início permitiu a Domingues gerir o momento e caminhar de forma tranquila para a vitória no primeiro set, só que de Minaur renasceu com o começo do parcial seguinte e conseguiu ganhar ritmo e eficácia para ir à luta.
Na hora de todas as decisões, João Domingues voltou a tomar conta das hostilidades: uma quebra de serviço ao segundo jogo e outra ao oitavo permitiram ao número três português assinar a melhor vitória da carreira, dois anos depois de ter derrotado Kyle Edmund rumo à fase a que agora regressa: a segunda ronda de singulares.
Apesar de ainda não conhecer o próximo adversário, João Domingues já sabe que será mais um australiano: ou Bernard Tomic ou John Millman, que têm encontro marcado para a jornada de terça-feira.
Domingues salientou que “não me senti a jogar o melhor encontro da minha vida. As condições estavam muito difíceis e um dos lados era bem mais complicado de jogar devido ao vento, mas temos de jogar com as condições que nos aparecem”, que acrescentou “estar muito contente por ter ganho a um excelente jogador como o De Minaur”.
“Ele é um jogador típico de piso rápido. Gosta de ter bastante ritmo e joga muito bem no contra-ataque. Tem dificuldades na variação da altura das bolas. Tem uma excelente esquerda e a pancada menos boa é a direita na corrida e foi assim que explorei este jogo”, referiu ainda o jovem português.
Um ano depois de se ter sagrado campeão de singulares do Millennium Estoril Open, João Sousa voltou a ser feliz no maior torneio organizado em Portugal: no último encontro desta segunda-feira, e a jogar novamente ao lado do argentino Leonardo Mayer, carimbou o acesso aos quartos de final de pares.
O português e o argentino defendem o estatuto de terceiros cabeças de série e superaram um encontro de estreia perigoso frente ao mexicano Santiago Gonzalez e o paquistanês Aisam-Ul-Haq Qureshi, dois especialistas da variante, em apenas duas partidas: 6-4 e 6-4 foram os parciais dos dois jogos.
Com o apuramento para os quartos-de-final já garantido, a dupla luso-argentina vai em busca das segundas meias-finais consecutivas no Millennium Estoril Open.
Para isso, Sousa e Mayer terão de superar os britânicos Luke Bambridge e Jonny O’Mara que alinharam a surpresa da jornada ao derrotarem Dusan Lajovic e Nestor Zimonjic por 5-7, 6-0 e 10-3.
Menos sorte teve Pedro Sousa, que ainda liderou no tie-break do primeiro set e quebrou Reilly Opelka no segundo, mas não segurou as vantagens e saiu de cena na primeira ronda do Millennium Estoril Open.
Depois da assistência (médica), o set decorreu dentro da normalidade, com Pedro Sousa a salvar três pontos de break e a não fazer grande mossa no potente serviço de Opelka. No tie-break, o segundo melhor tenista nacional da actualidade (número 107) alcançou o mini-break de entrada, mas depois de chegar aos 2-0 perdeu sete pontos consecutivos.
Cheirou a reviravolta no segundo set Pedro Sousa rapidamente conseguiu uma das missões mais hercúleas do ténis actual, quebrar o serviço de Reilly Opelka, fez o 3-0, mas permitiu a recuperação do 59º tenista do ranking ATP, que empatou a contenda. O norte-americano viria ainda a roubar o saque do lisboeta ao nono jogo e, de seguida, com quatro bons serviços fechou a partida por 7-6 (2) e 6-4.
Reilly Opelka segue para a segunda ronda e vai medir forças com Gael Monfils, terceiro pré-designado e um dos favoritos ao título no Clube de Ténis do Estoril.
Nos outros encontros desta segunda-feira, o argentino Guido Andreozzi venceu o boliviano Hugo Dellien por duplo 6-3, enquanto o japonês Yoshihito Nishioka derrotou o norte-americano Mackenzie Mcdonald por 6-2 e 6-4.
O par formado pelos franceses Jeremy Chardy e Fabrice Martin afastaram o italiano Simone Bolelli e o sueco Robert Lindstedt pelos parciais de 7-6 (3), 10-7 e 7-6 (4).
Para esta terça-feira o prato forte – no que concerne aos portugueses – é a presença de João Sousa na primeira ronda do quadro final, defrontando o australiano A. Popyrin, nunca antes das 15 horas.
Para além da actividade desportiva, a comercial também anda de mãos dadas e ficou a saber-se, esta segunda-feira, que a Altice/Meo vai continuar a apoiar o Estoril Open por mais anos, tendo João Zilhão, director do Millennium Estoril Open, referido que “queremos que esta relação continue e tudo faremos para dar as melhores condições a quem vier ao evento em termos de interactividade. Temos a internet mais rápida do país”, garantia dada pelo chefe máximo do torneio português, que assegurou que “do nosso lado, tudo faremos para que a Altice e as restantes marcas que estão no Millennium Estoril Open se sintam muito orgulhosas deste projecto e nos próximos três anos cá estaremos para fazer o melhor que pudermos”
Quem também tem razões para sorrir é João Sousa, visto que passou a integrar a equipa dos embaixadores MEO, pertencente à Altice Portugal. Para Alexandre Fonseca, a empresa vem “uma vez mais reforçar o seu compromisso com o apoio ao desporto nacional”, suporte dado “há já muitos anos” nas “mais diversas modalidades”. “Temos prestado um apoio fundamental no desporto nacional. Não apenas no ténis, mas também no surf, no golfe, nos desportos motorizados, como o automobilismo e o motociclismo, no desporto escolar e no futebol, que vai muito para além dos clubes da 1ª Divisão, já que somos parceiros da Federação Portuguesa de Futebol há mais de duas décadas”, referiu.
A Altice Portugal considera que “apoiar o desporto é fundamental, pois o desporto é um diferenciador e um influenciador na formação e educação dos mais jovens, além de ser uma forma de exponenciar o orgulho nacional e de reconhecer Portugal em grandes competições internacionais”. João Sousa junta-se a outros embaixadores de renome da empresa, tais como Cristiano Ronaldo, Frederico Morais, Miguel Oliveira, Armindo Araújo e Ercília Machado. “O João é um factor de orgulho que eleva o nome de Portugal além-fronteiras. É o melhor tenista português da actualidade e, provavelmente, o melhor de todos os tempos”, frisou Alexandre Fonseca, confessando ter “delirado” com a vitória do vimaranense na edição transacta. “Nós gostamos de destacar a garra, a ambição, o esforço e a determinação, factores essenciais nos atletas e numa empresa ou organização. Reconhecemos no João esses factores e sabemos que vai continuar a levar o nome de Portugal bem longe”.
