Campeão em 2017, finalista em 2016 e meio-finalista em 2015 e 2018, Carreño-Busta (Esdpanha) é a última das estrelas, para já, que foi anunciada pela organização deste ATP250, que se inicia no dia 27 deste mês, com a certeza de que o qualifying vai ser de “gritos”, face à categoria dos jogadores que estão inscritos.
Depois de Pedro Sousa, Carreño-Busta é o segundo a beneficiar de um “wild card”, faltando ainda mais um (pelo menos) para ser conhecido no decorrer da próxima semana, considerando que ainda há vagas nesta “categoria”.
Segundo João Zilhão, o director do evento, “Pablo Carreño-Busta sempre teve uma ligação muito próxima com a organização e com o próprio torneio, sendo o tenista com melhores resultados na ainda curta história do Millennium Estoril Open. Acho que todos aqueles que presenciaram o momento do seu triunfo em 2017 perceberam o quanto significou para ele a conquista do título no Clube de Ténis do Estoril, depois de ter atingido as meias-finais em 2015 e perdido numa equilibrada final em 2016”, que acrescentou ainda que “devido a lesões recentes, tinha planificado uma temporada de terra batida diferente e não se inscreveu na data limite – mas repensou a sua programação e solicitou um wild card. Não podíamos ser insensíveis ao seu apelo porquanto sempre foi de uma entrega total e a sua qualidade é inquestionável”.
O tenista espanhol (de Gijón) salientou que “ jogar no Millennium Estoril Open é sempre um prazer e sempre me senti acarinhado tanto pela organização como pelo público. Tem sido um torneio muito importante na minha carreira, foi em Portugal que consegui o meu primeiro título ATP em terra batida e sempre consegui bons resultados. Quero agradecer à organização pelo wild card e por me dar a oportunidade de jogar depois de ter estado lesionado durante mais de dois meses. Espero exibir-me de novo ao meu melhor nível e apreciar a beleza de Cascais e do Estoril”.
O Millennium Estoril Open tem sido um talismã para Pablo Carreño-Busta, que sempre apresentou resultados de qualidade no Clube de Ténis do Estoril – tendo sido semifinalista na edição inaugural em 2015 e no ano passado, finalista em 2016 e campeão em 2017. O seu triunfo em 2017 catapultou-o mesmo para a melhor época de sempre, estreando-se um mês depois nos quartos-de-final de um torneio do Grand Slam em Roland Garros e melhorando esse registo em Setembro com o acesso às meias-finais do US Open. Encerrou a temporada com passagem pelo top 10 e a participação na cimeira de encerramento de época que reuniu a fina-flor do circuito profissional masculino em Londres (Nitto ATP Finals).
As suas façanhas não se resumem aos singulares, tendo no seu currículo três títulos em seis finais ATP. Também na variante de pares já conquistou três títulos (um deles ao lado do campeoníssimo Rafael Nadal), e foi ainda cinco vezes finalista, com destaque para o US Open de 2016, ao lado de Guillermo Garcia-Lopez, e para o Masters 1000 de Roma em 2018, com João Sousa, ajudando o vimaranense a estabelecer mais um feito histórico para o ténis português.
Este ano, começou a época com uma presença nos quartos-de-final de Auckland (teve match point para chegar às meias-finais) e no Open da Austrália sucumbiu num dramático duelo dos oitavos-de-final face a Kei Nishikori, no qual esteve a liderar por dois sets a zero e depois por 8/5 no match tie-break da quinta partida antes de perder a concentração na sequência de uma polémica de arbitragem. Retomou o contacto com o circuito na gira sul-americana, mas desistiu na segunda ronda do torneio de Cordoba com problemas no ombro. O seu regresso ao circuito e à terra batida está previsto para o Rolex Monte Carlo Masters na próxima semana.
Entretanto, está constituída a lista oficial de participantes no qualifying, com um elenco fortíssimo, reforçando a qualidade global de uma quinta edição que, no plano classificativo, já era a melhor de sempre.
A fase de qualificação decorre entre sábado e domingo (27 e 28 de Abril) e, segundo os regulamentos que entraram em vigor em 2016, a correspondente grelha comporta somente 16 elementos – sendo que, três semanas antes do início da prova, é divulgada a lista de 14 entradas directas (às quais se juntam dois wild cards que constituem prerrogativa da organização).
Essa lista foi oficializada e inclui sete tenistas classificados no top 100 e fecha a 135. Recorde-se que o cut-off do quadro principal já havia sido o mais baixo de sempre (o último tenista com entrada directa é 64º).
No que diz respeito aos portugueses, depois de João Sousa ter tido entrada directa no quadro principal e de Pedro Sousa já ter sido agraciado com um convite para a melhor grelha, João Domingues e Gastão Elias ficaram longe da entrada na fase de qualificação: o tenista de Oliveira de Azeméis surge no 15º posto na lista dos ‘alternates’, enquanto o jogador da Lourinhã está 23 lugares fora.
Entre os participantes no qualifying, destaca-se a qualidade e o currículo de Pablo Andujar e Pablo Cuevas na terra batida, a presença do controverso australiano Bernard Tomic e do seu emergente jovem compatriota Alexei Popyrin (que esteve em grande evidência nas primeiras rondas do Open da Austrália), a participação do britânico Daniel Evans (teve três match-points para ganhar o seu primeiro título ATP Tour, na recente final de Delray Beach) e o regresso do espanhol Roberto Carballes-Baena (que só perdeu no tie-break do terceiro set nos quartos-de-final da edição transacta, face a Stefanos Tsitsipas).
Para João Zilhão, “com sete elementos no top 100 mundial, a fasquia está muito elevada e vale mesmo a pena ir até ao Clube de Ténis do Estoril no primeiro fim-de-semana para ver ténis de alto nível.”
Acrescentou ainda que “tal como no quadro principal, em que apresentamos o elenco mais forte das cinco edições do Millennium Estoril Open, também no qualifying vamos ter o melhor quadro de sempre. Infelizmente, uma fase de qualificação com o elevado cut-off de 135 significa que nenhum português teve entrada directa. Mas dispomos de dois convites que iremos definir na devida altura. Apesar de já termos tido pedidos de jogadores de topo (incluindo um ex-top 10), os jogadores portugueses estão na primeira linha das nossas preferências, pois queremos, indubitavelmente, ajudar o ténis nacional”.
O Millennium Estoril Open decorrerá de 27 de Abril a 5 de Maio e os bilhetes estão à venda nos locais habituais, sendo que para o dia 1 (sessão diurna), o sábado (4) e o domingo (5) já têm lotação esgotada!
Mas ainda há bilhetes para os restantes dias onde a competição emergia jogo a jogo.