Para quem precisava de ganhar, por certo que o Sporting não podia entrar de “mole”, a errar passes e a não progredir no terreno, porquanto no primeiro tempo não criou nenhuma oportunidade de golo e só Bruno Fernandes (36’) conseguiu levar a bola à cabeça de Dost para este, com a baliza aberta, cabecear ao lado do poste, porquanto estava adiantado em relação à trajectória do esférico e a bola subiu.
Depois de uma meia hora sem nada de interesse apesar de alguns contra-ataques, por parte dos dois lados, mas que não “floriram” porque nenhum dos sete remates até aí produzidos foram direccionados à baliza.
E até foi o Sporting que podia ter sofrido um golo porquanto, na marcação rápida de um livre – enquanto Bruno Fernandes ficou a reclamar com o árbitro – a bola chegou à pequena área dos leões mas Renan conseguiu sacudir a carga “mortífera” provinda dos portistas.
Nani (38’) foi lançado pela esquerda do ataque, ficou isolado, mas quase parou, junto à grande área do F. C. Porto, o que fez colocar a defesa portista no lugar certo e perdeu uma boa oportunidade.
Sobre os 45’, Jefferson fez um passe milimétrico para Dost, só, junto à pequena área portista, que rematou fraco e à figura de Casillas.
Um nulo que se justificou, ao intervalo, com um Sporting “nervoso” demais, sem tino de maior, ante um Porto seguro, em especial face à vantagem pontual (oito pontos) que tinha a mais que o Sporting.
No segundo tempo, os portistas começaram melhor e (50’) beneficiaram de um livre fora da grande área com Alex Teles a atirar contra a barreira, passando o perigo junto da baliza. Que voltou seis minutos depois (56’) quando Soares a rematar – ante a passividade da defesa leonina – e Renan a fazer uma excelente defesa, no que foi o principal momento de perigo do jogo.
Um segundo momento surgiu (60’) quando Marega, com o pé esquerdo, estando só frente à baliza, atirou por cima da barra no seguimento de um opasse de Alex Teles, num período em que o Porto buscava intensamente o golo.
Ripostou o Sporting (62’) com um remate, de fora da área, feito por Bruno Fernandes que obrigou Casillas a uma grande defesa, no terceiro momento de maior perigo, altura em que as duas equipas como que “decidiram” aumentar o volume do “gás” para chegarem à vitória, ainda que com o Porto muito mais activo.
Felipe (64’), a centro de Alex Teles (que estava em todo o lado), cabeceou ao lado da baliza de Renan; Ibrahim (67’) rematou, cruzado, ao lado; Nani (69’) centrou para a pequena área à guarda de Casillas e valeu o desvio de Militão para canto, quando a bola foi “teleguiada” para Dost, mesmo à boca da baliza.
Mais sete minutos (76’) e Gudelj, com um pontapé forte, do “meio da rua”, obrigou Casillas a voar e desviara bola por cima da barra para, no minuto seguinte (77’), Dost recolher um centro de Bruno Fernandes e cabecear por cima da barra quando estava só.
Com as últimas substituições a concretizarem-se – não se percebe qual o efeito de ser feita aos 90’, na queima dos últimos “cartuchos”, quando se fosse antes poderia ter tido outra utilidade – nada foi modificado e o zero-zero manteve-se até final dos 90+5’ (o que de excepcional passou a ser um padrão nacional), com o Sporting a ser beneficiado porquanto não perdeu pontos para o líder (F.C. do Porto) que acaba a primeira volta com uma vantagem de cinco pontos sobre o Benfica, que regressou ao segundo lugar, enquanto o Braga desceu ao 3º (a seis pontos) e o Sporting manteve-.se a oito pontos.
Sob a liderança de Hugo Miguel, assistido por Ricardo Santos e Bruno Trindade – equipa que teve um trabalho que, na prática, quase passou despercebido, apesar de uma ou outra omissão ou decisão incorrecta, o que é bom – as equipas alinharam:
Sporting – Renan; Bruno Gaspar (Ristovski, 76’), Coates, Mathieu e Jefferson; Wendel (Petrovic, 90’), Bruno Fernandes e Gudelj; Diaby (Raphinha, 81’), Bas Dost e Nani.
F. C. Porto – Casillas; Máxi Pereira (Oliver, 42’), Felipe, Alex Teles e Militão; Danilo (Hernâni, 83’) e Herrera; Brahimi, Marega, Corona e Soares (Fernando, 75’).
Disciplina: amarelos para Herrera (12’), Jefferson (16’), Bruno Fernandes (33’), Felipe (39’), Coates (85’), Raphinha (87’), Brahimi (89’) e Fernando (90+4’).
No outro encontro efectuado este sábado, o Marítimo foi vencer o Boavista, no Bessa, com um golo obtido por Rodrigo Pinho aos 53’.
Este domingo conclui-se a 17ª e última da primeira volta, com os jogos Nacional-Belenenses (15h00), Chaves-Tondela (17h30) e Rio Ave-Setúbal (20h00).