O Auditório do Comité Olímpico de Portugal será palco, segunda-feira (dia 14), da apresentação do balanço de actividades desenvolvidas, ao longo de 2018, pela SIGA (Sport Integrity Global Alliance), segundo anunciou a organização liderada pelo português Emanuel Medeiros.
Para além disso, a organização divulgará as prioridades estratégicas que se propõe prosseguir em 2019.
Sobre o que foi produzido, Emanuel Medeiros sente-se um homem fez, face ao reconhecimento internacional que tem sido salientado por vários parceiros – fundadores e, em especial, dos novos que aderiram ao longo do ano.
Salientou que “fizemos avanços significativos, mas os perigos contra a integridade desportiva ainda persistem. Os tempos são desafiadores e é preciso fazer mais para proteger o desporto e restaurar a confiança das pessoas do sector. O desporto está passando por um teste de “stress”. No entanto, destacou ainda este dirigente, “nunca foi tão bem sucedido comercialmente, mas os desafios à sua integridade nunca foram tão complexos, e a infiltração criminosa nunca foi tão difundida. A globalização do desporto trouxe novos mercados e gerou novos padrões de consumo e fluxos de rendimento, mas o desporto nunca foi tão vulnerável”.
Frisou de seguida que “as ameaças contra sua integridade estão em ascensão e a confiança está em declínio. Tentativas de moldar uma abordagem global e avançar n reformas há muito esperadas estão sendo feitas, mas, ainda assim, velhos sentimentos territoriais prevalecem e a falta de união, coesão e acção colectiva persistem, alimentando a discriminação dentro do movimento da integridade desportiva, impedindo uma real e significativa mudança efectiva na indústria.”
Mas nem tudo são situações menos positivas, porquanto para Emanuel Medeiros “também há motivos para optimismo. Estamos a trabalhar no duro para levar o desporto a uma nova era. Uma era em que a integridade está no topo. Onde não há monopólios, e a legitimidade e responsabilidade de cada parte interessada e organização similar são reconhecidas naturalmente e com respeito merecido. Os desafios que estão à nossa frente são enormes e exigem o engajamento activo de todos e cada um.”
Optimista, como salientou, o CEO da SIGA salientou que “temos agora a oportunidade perfeita para agir e fazer coisas boas. Uma oportunidade para unir esforços e remar para o mesmo lado: o movimento desportivo, incluindo a FIFA e suas confederações, o COI e seus CONs, as federações nacionais e internacionais, as Ligas Europeias e dos EUA, os clubes e todos os principais interessados; mas também os governos e organizações internacionais; as marcas globais; e a sociedade civil tem de ser capazes de se unirem em torno da SIGA para atingir as metas a que nos propomos.”
Medeiros recordou que “trabalhando juntos, unidos, compartilhando uma agenda em que acreditamos fundamentalmente, tornamos possível em 2018 o que muitos pensavam ser impossível. Elegemos nossa liderança, aprovamos nossa estratégia global e implementamos uma série de reformas e projectos de liderança de pensamento que estão a preparar o caminho para um futuro mais promissor para o desporto em todo o mundo. Nos últimos meses, construímos novas pontes e criamos novos espaços para soluções conjuntas com tantas instituições e parceiros valiosos.”
Demonstrando, de novo, o seu optimismo, Medeiros frisou que “ agora que se iniciou um novo ano, vamos querer fortalecer a nossa determinação e arregaçar as mangas. Vamos consolidar e expandir ainda mais todos os avanços internos e externos feitos em 2018, tornando a SIGA mais forte na implementação da nossa agenda de reformas e impacto global.”
Medeiros fez ainda um apelo final, referindo que “todos os membros e parceiros da SIGA devem adoptar uma postura ainda mais activa e desempenhar um papel ainda mais ambicioso no apoio à nossa coligação, não apenas para se manterem à frente da luta pela integridade desportiva”.
Segunda-feira se conhecerão as novas “guide lines” para 2019.