Domingo 24 de Novembro de 5061

Sporting num “reviralho” do arco-da-velha ante o Nacional

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Carlos Palma / CN

Ante uma inércia quase total, “anestesiado”, sem chama e clamor no decorrer da primeira parte, o Sporting viu-se da “cor dos gatos” para, na segunda, tentar virar não só o jogo mas, em especial, os golos a seu favor.

Tornou-se evidente que o conseguiu – venceu por 5-2 depois de estar a perder por 2-0 – mas com a ajuda de duas grandes penalidades (legais) em momentos oportunos que deitaram “abaixo” um Nacional que, com uma pontinha de sorte, poderia ter chegado ao triunfo se tivesse concretizado, ainda no tempo inicial, o terceiro golo, porque disso teve oportunidade.

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Carlos Palma / CN

No segundo tempo tudo foi diferente, o Nacional quebrou nitidamente e foi “cilindrado” por um 5-2 – real porque os golos foram regulamentares – mas algo injusto pelo trabalho que desenvolveu, ainda que com a “cooperação” de alguns jogadores sportinguistas, que estiveram “ausentes” durante tempo de mais, permitindo aos madeirenses mandaram no jogo desde o primeiro minuto e até que puderam.

Daí que não foi novidade o terem chegado ao golo bem cedo (6’), numa arrancada de Witi pela esquerda – com a defesa sportinguista parada a ver passar a banda – e lançou para Camacho, que correu até à zona da meia-lua da grande área dos leões onde parou a bola, rodou e bateu Renan sem apelo nem agravo.

O Sporting manteve a mesma toada (bola para o lado, para a frente, para trás, sem avançar) – contrariamente ao que se tem visto com a bola a rolar de jogador para jogador ao primeiro toque – e sofreu o segundo golo (25’) depois de Jota também se esgueirar mas pela direita, cruzando para a baliza onde surgiu Palocevic, só frente a Renan, a cabecear para a baliza.

Antes (17’), a bola é lançada para Diaby que centrou de imediato para a área onde Bas Dost a introduziu na baliza, se bem que o árbitro assinalasse fora-de-jogo, o que se aceita porque Diaby estava ligeiramente adiantado quando a bola partiu, o que foi confirmado pelo VAR.

Ao defender um livre directo marcado por Palocevic (28’), com a bola a caminho do golo, Renan fez a defesa da noite e evitou o que seria o 3-0, como se premeditava face ao menos positivo jogo jogado de um Sporting quase à deriva.

Carlos Palma / CN

Carlos Palma / CN

O que começou a mudar quando (34’) Palocevic faz falta sobre Bas Dost dentro da área e o árbitro assinalou a grande penalidade. Chamado a cobrar o castigo, Bas Dost aproveitou para marcar e reduziu para 1-2, deixando tudo em aberto para o segundo tempo.

Tempo complementar que começou com uma nova forma de jogar dos leões, de forma mais dinâmica, com a bola a passar pelos jogadores indispensáveis e com um futebol mais linear, que levou a uma disputa entre Diaby e Julio (um dos centrais do Nacional) que podia ter dado em grande penalidade para o Sporting, tendo o juiz da partida verificado o VAR e este confirmou que não havia nada a assinalar.

A todo o gás para recuperar a desvantagem, num rápido contra-ataque (70’) a bola chegou a Bas Dost, que avançou em direcção à baliza, rematou para uma defesa incompleta de Daniel levando a bola para o lado esquerdo do ataque sportinguista onde surgiu Bruno Fernandes a fazer a recarga para dentro da baliza. Foi o empate (a dois).

Passados cinco minutos (75’), o Sporting colocou-se em vantagem no seguimento de um livre directo apontado por Mathieu, na superior marcação de um livre directo, sob a direita do ataque, perto da linha da grande área, fazendo a bola passar pela barreira e anichar-se na baliza pelo ângulo superior esquerdo de Daniel, que mal viu a bola tal a sua velocidade.

Foi anunciado que estiveram no Estádio Alvalade 31.408 espectadores, na mesma altura em que Riachos obrigou Renan a mais uma grande defesa para parar o forte remate daquele jogador do Nacional.

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Carlos Palma / CN

O nacional, mantendo ainda alguma “chama”, manteve-se no meio campo sportinguista e ganhou três cantos seguidos, se bem que nada resultasse, tendo o Sporting respondido por Bruno Fernandes (82’), que pretendeu isolar-se, mas não foi capaz de contrariar a maior velocidade de recuperação do defesa Felipe, que afastou para canto.

No seguimento, a bola voou para a área dos “amarelos” onde o defesa Júlio carrega (85’) Bas Dost junto à linha de baliza, provocando grande penalidade que o árbitro confirmou junto do VAR.

Chamado a converter, Dost fez a bola entrar na baliza mas o árbitro “viu” qualquer anormalidade e mandou repetir. O que Bost voltou a confirmar, chegando ao 4-2 (87’).

Com a equipa madeirense meio “esfrangalhada”, Bruno Fernandes, lançado por Miguel Luís, recebeu a bola (90+1’) na entrada da grande área e disparou sem defesa, confirmando um 5-2 perfeitamente inesperado, por um lado pelo 0-2 inicial do Nacional e, por outro, pela exibição descolorida dos leões no primeiro tempo, ainda que no tempo complementar, acrescentando-se que o triunfo sportinguista foi justo, ainda que com números desfasados.

Fábio Veríssimo foi o árbitro do encontro e demonstrou, no primeiro tempo, uma certa contemporização da equipa madeirense (marcando muitas faltas a seu favor, algumas que nem sequer se justificavam), tendo estado bem na atenção, para evitar discussões de momento nas decisões principais, com os assistentes Paulo Soares e Pedro Martins atentos.

As equipas alinharam:

Carlos Palma / CN

Carlos Palma / CN

Sporting – Renan; Bruno Gaspar, Coates, Mathieu e Jefferson; Bruno Fernandes, Gudelj, Bruno César (Miguel Luis, 46’) e Diaby; Nani (Jovane, 68’) e Dost.

Nacional – Daniel; Kalindi, Felipe, Júlio e Campos; Camacho (Riascos, 77’), Jota, Palocevic (Okacha, 80’) e Witi (Gorré, 87’); Vítor e Rochez.

Amarelos para: Mathieu (27’), Coates (32’), Felipe (73’), Kalindi (85’) e Rochez (86’).

 

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