Ao vencer (2-0), esta quarta-feira, o Paços de Ferreira, o Benfica passou a liderar o grupo A da Allianz Cup (Taça da Liga), numa partida em que dominou e que não foi mais longe porque os pacenses souberam criar mecanismos pelos quais deram uma excelente luta e nunca se renderam.
Ao maior pendor atacante do Benfica respondeu o Paços com vários contra-ataques que não deram em golos porque os benfiquistas foram obrigados a redobrar esforços para evitar surpresas, já que o ataque pacense esteve perto de marcar, ainda que tivesse uma grande ausência de remates para a baliza benfiquista, “arrebitando” de vez em quando.
Depois de uma primeira investida inicial, Seferovic (8’) dominou a bola na grande área do Paços mas, acossado por um defesa, rematou forte mais muito ao lado da baliza.
Foi o primeiro sinal de que o Benfica queria entrar a ganhar – e de forma rápida, se possível – pelo que o mesmo Seferovic voltou a chegar-se à frente e, desta vez, marcou mesmo.
Um passe longo da direita de Alfa Semedo levou a bola a passar entre os defesas pacenses e chegar ao atacante benfiquista na pequena área e em zona privilegiada, postado junto do último defesa, que esticou a perna, como que empurrando apenas a bola para dentro da baliza.
Este 1-0 veio, por um lado, despertar mais o Benfica mas, em especial, o Paços de Ferreira, que queria discutir o triunfo, apesar de demorar muito tempo a partir para o ataque, porquanto abusou dos passes laterais e para o guarda-redes.
Depois de uma jogada iniciada na sua grande área, o Rio Ave chegou à pequena área do Benfica e não fez mossa porque o remate feito acabou por ser defendido sem dificuldade por Svilar.
Depois de um período de maior equilíbrio, o Benfica voltou à posse de bola (chegou aos 57/43º à passagem de uma hora de jogo), embora antes tenha aumentado a vantagem para 2-0.
Dando o melhor seguimento a um cruzamento de Zivkovic, João Félix (45’) aproveitou o ressalto de uma excelente defesa do guardião pacense e rematou, recargou forte e de pronto, fazendo a bola entrar pelo ângulo superior da baliza de Carlos, a meia altura, quando o guarda-redes estava ainda no chão, pelo que não chegou à bola.
No segundo tempo, o Paços continuou a acreditar que era possível recuperar, mas Seferovic (49’) podia ter chegado ao 3-0 não fosse a bola ter ido direitinha para o poste, num remate à meia volta.
Logo de seguida, Pedrinho (52’), na cobrança de um livre directo, rematou forte mas a bola bateu na barreira e perdeu-se a oportunidade, mantendo-se o Paços a atacar mais, o que levou Tanque (65’) à marcação de mais um livre directo e frontal mas que não passou da barreira formada pelos jogadores benfiquistas.
No “tu cá, tu lá”, Carlos teve de impor-se, com uma grande defesa, quando (68’) Alfa Semedo disparou rasteiro e obrigou o guarda-redes a voar para defender.
Carlos que voltou a estar em grande quando (74’) Krovinovic rematou forte e o guarda-redes defendeu para canto.
Depois de ter sido anunciado que estiveram na Luz 17.194 espectadores, Tanque (84’) rematou forte mas ao lado da baliza de Svilar.
Nos poucos minutos que se jogaram para o final (90+2’), nada de substantivo se verificou e o Benfica passou para o primeiro lugar do grupo (6 pontos), estando o Aves em 2º (4 pontos), seguindo-se o Paços de Ferreira (1 ponto) e o Rio Ave (0 pontos).
Os jogos da última jornada de cada um dos quatro grupos – que apura o vencedor para a final four, em Braga (em Janeiro) – jogam-se nos dias 28 deste mês (Aves-Benfica e Rio Ave Paços de Ferreira) para o grupo A, incluindo o Setúbal-Braga e Tondela-Nacional (grupo B), que o Braga lidera.
No dia 29 jogam Feirense-Sporting e Marítimo-Estoril (grupo D) e no dia 30 as partidas Belenenses-F.C. Porto e Chaves Varzim (grupo C), de onde sairão as vencedoras de cada grupo para a referida final four.
O encontro da Luz foi dirigido por António Nobre, tendo Nuno Pereira e André Dias como árbitros assistentes, em que o juiz principal permitiu um certo anti-jogo por parte do Paços mas que, no global, teve nota positiva.