Promovido pelo Instituto de Estudos de Religião da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com o Instituto Português do Desporto e Juventude/Plano Nacional de Ética no Desporto e o Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano/Universidade dos Valores, vai realizar-se esta segunda-feira (Lisboa) e terça-feira (Braga), colóquios subordinados ao tema “Desporto, Ética e Transcendência”.
O evento contará com a presença de personalidades portuguesas e estrangeiras com ligação às áreas em discussão assentes em temas como “a intensificação do sentimento de viver”, “o elogio do inacabado”, “desporto de alto rendimento – melhorar o humano”, “simbolismo do gesto desportivo”, “habitar o mundo: meio, desporto e pedagogia” e “desporto humanismo e cuidado”, sendo ainda lançada a Cátedra Manuel Sérgio “Desporto, Ética e Transcendência”.
No conjunto das duas dezenas de oradores previstos encontramos cidadãos como o espanhol Josep Maria Esquirol (Universidade de Barcelona), Domingos Gomes, Fernando Mamede, João Brenha, João Duque, Jorge Silvério, Luís Sénica, entre outros de nomeada, que abordarão experiências próprias que se enquadrem nos vectores considerandos para as duas acções.
O palco da acção de Lisboa será na Universidade Católica Portuguesa (perto do Hospital de Santa Maria) e, em Braga, no campus Camões.
No resumo divulgado pela organização, recorda-se que “a modernidade enfatizou a ideia de performance desportiva como «superação de si», num contexto em que o conhecimento do mundo se abria a novas fronteiras. Para além da ética e da espiritualidade, a tecnologia tornou-se um factor decisivo na caracterização da experiência de superação própria das culturas desportivas”.
Acrescentando ainda que “numa particular relação com a experiência do humano inacabado, é necessário continuar a pensar o desporto enquanto manifestação humanista e expressão de um modo de habitar o mundo – isto é, uma tradução simbólica da experiência de si e do meio, onde vulnerabilidade e superação se implicam.
Temas não comummente abordados no dia-a-dia, pelo menos no meio desportivo – o factor treino (bi-diário no mínimo para os desportistas do alto rendimento) como que “suplanta” os factores de ordem mental – pelo que é uma boa oportunidade para se conhecer as “nuances” que as sessões vão produzir, para que muitos conheçam mais e melhores ferramentas de apoio ao chamado “treino técnico”.
E se é verdade que é o cérebro que comanda o corpo, há que aproveitar mais esta iniciativa baseada na Universidade Católica Portuguesa, ao que se sabe a primeira a avançar (2017) com a discussão do tema genérico de “transcendência”.
