Apesar de ter logrado marcar um golo madrugador (9’), por Wendel – aproveitando a perda de bola por parte da defesa canarinha – que rematou forte para o fundo das redes da baliza de Thierry, o Sporting deixou “correr o marfim” e acabou à procura das bruxas que não o ”ajudaram” a vencer um Estoril matreiro, mais rápido sobre a bola, mais ofensivo, apesar do seu 4x4x2 defensivo.
Com a “novidade” – por ser uma taça a uma só volta – de deixar no banco jogadores como Bruno Fernandes, Montero, Nani e Coates, a formação leonina acabou por ficar “embevecida” pelo golo madrugador, esquece do-se dos provlemas que os estorilistas tem causado a alguns grandes como, por exemplo, na época passada frente ao F. C. do Porto.
Peseiro quis lançar os jovens e saiu-se mal, apesar de ter “adivinhado” que algo podia acontecer, dado que fez entrar Bruno Fernandes e Montero antes do Estoril empatar, saindo um Dost que não rendeu quase nada, porque com falta de acção dinâmica, porventura ligado ao facto de ainda não ter recuperado totalmente da lesão.
Depois do 1-0, o Estoril podia ter empatado quando Sandro Lima (17’) se esgueirou velozmente pela direita e rematou para Salin safar a pontapé para canto, surgindo pouco depois (23’) Diakhité a cabecear para Salin defender sem problemas.
Com um 4x3x3 mais ofensivo, os jovens sportinguistas não deram conta do recado porque “enrolavam” de mais a bola, com fintas e mais fintas e recuando para tentar avançar outra vez, o que nunca deu resultado.
Dost (30’) recebeu a bola vinda da direita e deu um toque de cabeça para o lado, mas não apareceu ninguém a rematar, mas Sandro Lima voltou ao ataque e (34’) rematar fraco para Salin defender sem problemas.
Salin que (42’) começou a fazer “flores” na própria área, deixando a baliza desguarnecida, e foi obrigado a chutar para fora ante a presença de um jogador do Estoril.
No segundo tempo, com o defensivo 4x4x2, o Estoril apostou no contra-ataque e aí Sandro Lima foi exímio a criar perigo sempre que subiu à área dos leões, acabando o Estoril por (71’) empatar, com o próprio Sandro a correr mais do que André Pinto, aplicando uma fibta que retiriu o jogador do Sporting da jogada, e ficou só frente a Salin que não podia fazer nada e ver a bola no fundo da rede da sua baliza.
Tentando o “forcing” para dar “a volta” nos últimos minutos, o Sporting os caminhos todos fechados para a baliza de Thierry, aproveitando uma ou outra aberta mas sem resultado.
André Pinto (77’) cabeceou mas a defesa “desmantelou” o perigo e foi Aylton (80’) que esteve à beira de fazer o segundo para o Estoril, mas atirou ao lado, com o Sporting a continuar a fazer “rendilhados” e não rematando à baliza, aliás para onde o Estoril rematou sete vezes e o Sporting apenas 4.
Não tendo marcado nessa altura, dois minutos depois (82’) o Estoril colocou-se na posição de vencedor, com um golo obtido por André Pinto na própria baliza, de cabeça, ao tentar afastar a bola vinda de um pontapé de canto e em luta com Pedro Queirós na pequena área. Mal colocado, o defesa sportinguista não controlou o corpo e o adversário e cabeceou para onde estava virado.
Em desespero de causa, Mané (89’) rematou mas para o guardião defender, no que foi a única chance dada pela defesa estorilista, isto dentro dos cinco minutos de compensação dados pelo árbitro.
Com esta derrota, o Sporting comprometeu, seriamente, passar à fase final, tendo ficado com os mesmos três pontos contra os seis do Feirense, que venceu, também esta quarta-feira, o Marítimo por 3-2.
Para entrar na fase final, o Sporting terá de vencer o Feirense (em Vila da Feira) por mais do que um golo, porquanto também está em desvantagem no goal-average.
Sob a direcção de Hélder Malheiro – com um trabalho razoável em termos globais, incluindo os assistentes André Campos e Bruno Jesus – as equipas alinharam:
Sporting – Salin; Bruno Gaspar, André Pinto, Marcelo e Jefferson (Lumor, 62’); Gudlj, Petrovic e Wendel (Bruno Fernandes, 66’); Mané, Dost (Montero, 61’) e Diaby.
Estoril – Thierry; Filipe, Diakhité, João Pedro e Vigário (Furlan, 45+1’); Aylton, Matheus, Gonçalo (Queirós, 76’) e Marcos; Sandro Lima e Dadashov (Roberto, 65’).
Disciplina – Amarelos para Petrovic, Thierry, Aylton e Matheus, todos no período de compensação final, a partir dos 90 minutos.