Num jogo dos mais rápidos de sempre (apenas 48’), Pedro Sousa (140º) levou de vencido o primeiro concorrente sul-africano, Lloyd Harris (112º), por um duplo 6-1 que quase nem deu para “aquecer”.
A diferença pontual no ranking ATP não se confirmou porque Pedro soube imprimir um ritmo técnico-táctico apropriado para não correr riscos desnecessários, pelo que ganhou quando quis (foi sempre na frente), no primeiro jogo do play-off do Grupo I da Zona Europa/África, no CIF, onde Portugal terá que vencer para se manter neste grupo.
“A ronda começou bem, com uma vitória para Portugal”, afirmou Pedro Sousa, na conferência de imprensa realizada após o triunfo sobre Llyod Harris, por duplo 6-1, no primeiro de dois encontros de singulares desta sexta-feira.
“Sabia que ele não iria estar muito confortável nesta superfície. Senti-me bem e joguei bem. Harris nunca conseguiu sentir-se bem”, afirmou o segundo titular na equipa portuguesa, capitaneada por Nuno Marques.
Llyod Harris, o tenista sul-africano mais cotado no CIF, sublinhou ter ficado impressionado com “o modo como Pedro Sousa jogou”.
“Ele jogou extremamente bem, com nível. E esteve bem nos momentos em que tinha de estar. Eu não estava em condições para ir atrás do jogo dele e tentar mudar”, frisou.
No segundo jogo João Sousa venceu Nicolaas Scholtz, em duas partidas, concluídas com os parciais de 6-3 e 6-2.
João Sousa reconheceu que não começou bem frente a Nicolaas Scholtz, mas expressou satisfação por ter ajudado Portugal ”com uma vitória importante para a ronda”, num dia em que “se deu um enormíssimo passo”.
“Se calhar, não estive tão bem como gostaria no início, mas o principal foi vencer. Soube reagir bem a nível mental a um início menos bom. Depois de muito tempo a jogar em piso rápido, acabei a jogar a um bom nível”, disse.
Para o capitão da equipa, Nuno Marques, realçou que o primeiro dia da recepção de Portugal à África do Sul, terminou “com muita qualidade», tendo acrescentado que “não podia ter corrido tão bem este dia, que foi tranquilo”, que enalteceu as prestações de Pedro Sousa e João Sousa, que deram a vantagem à selecção nacional, com os triunfos nos dois encontros em singulares.
Vincando a satisfação do colectivo português por ter completado um primeiro dia de uma ronda na Taça Davis, o que não acontecia há muito, Nuno Marques declarou que “João Sousa não teve um começo perfeito, mas acabou por controlar o encontro”, enquanto “Pedro Sousa fez um embate muito sólido”.
Para este sábado, com um programa que integra um encontro de pares e dois em singulares, o seleccionador nacional tem boas perspectivas.
“Vai ser um desafio muito grande o encontro de pares”, sublinhou, para rematar “que Portugal vai jogar tudo para tentar selar o triunfo na ronda e lograr a presença no qualifying da Taça Davis Finais, em Fevereiro de 2019”.
Resta agora aguardar pelo desfecho dos jogos em aberto, podendo terminar logo no desafio de pares, onde Gastão Elias e João Sousa são naturais favoritos, pese embora o ranking português na formação lusa nesta disciplina não seja famoso.