De alguma forma, o Portugal-Itália teve muitas parecenças com a partida feita na passada sexta-feira, ante a vice-campeã mundial (Croácia), apenas divergindo do golo esta segunda-feira marcado aos italianos, no Estádio da Luz, com André Cruz a marcar (48’) um golo dos que poderia ter marcado antes, na fora ter os pés “virados” para a Lua.
Desta vez, André Chutou rasteiro e anichou a bola no canto mais longe da baliza de um Donnarumma que não conseguiu chegar ao remate forte e teleguiado para o fundo da baliza do guardião italiano, apesar do excelente voo que fez mas com alguns segundos de atraso em relação *a velocidade (da luz).
Portugal tentou entrar rápido mas depressa foi “apanhada” num 4x4x2 “avançado”, isto é, com os italianos coma um táctica defensiva nas colocada estrategicamente no meio campo luso, para evitar que este se lançasse à vontade para os ataques planeados que esperava fazer para decidir o jogo a seu favor o mais rápido possível.
Só à passagem pelo primeiro quarto-de-hora é que Portugal criou perigo, pelo “criativo” Pizzi, que aproveitou uma nesga de tempo em que ficou solto na direita para rematar forte mas contra a “muralha” de pernas italianos que povoavam a grande área da “squadra azzurra”.
Na resposta, Chiesa (15’) teve oportunidade de rematar mas fê-lo à figura de Patrício para, no minuto seguinte, Bruma – que voltou a ser um dos melhores da formação nacional – fazer o primeiro de três ou quatro remates de longe que passaram a “quilómetros” da baliza italiana, tal não foi a “pontaria” da noite.
Pouco depois (20’) Bernardo lança André Silva mas este rematou fraco e à figura do guardião italiano, que foi “safando” até onde mais podia um provável golo de Portugal, que podia ter acontecido (22’) se a jogada iniciada no mesmo Bernardo Silva, que centrou para William e colocar à disposição de Bruma, que rematou para golo mas que um defesa safou em cima da linha da baliza.
Bruma (29’) voltou a “atirar muito ao lado da baliza” mas (34’), num conjunto de ressaltos junto à baliza italiana a bola vai bater na barra da baliza de Donnarumma e saiu pela linha final, seguindo-se mais uma jogada de insistência lusa com William a tentar a sorte (35’) num remate frontal, ainda que longa da grande área, levando a bola a passar muito perto do poste.
Na última jogada digna de registo nos últimos cinco minutos da primeira parte, foi a Itália, por intermédio de Jorginho, que rematou forte mas à figura de Rui Patrício.
Portugal teve mais posse de bola mas foi menos invectivo no de correr deste primeiro tempo, considerando a “fobia” dos “passes” e “passinhos” em vez de se caminhar para a baliza de forma mais directa,
Para o segundo tempo, Portugal regressou com outro “ar” – quiçá face a um “puxão” de orelhas na cabina – a é verdade que foram os italianos a tentarem chegar primeiro ao golo mas acabaram por ser apanhados em “contraciclo” e foram brindados com um golo luso.
Aconteceu (48’) quando, no seguimento de um “roubo” de bola por parte deBruma – de depois do despique entre William e um adversário – e que progrediu a seguir endossando a bola a André Silva que, frente à baliza, rematou para o poste mais longe e a que o guardião italiano não chegou lá. Ficou feito o primeiro golo luso, o que era meio caminho andado para o triunfo e, consequentemente, a liderança no grupo atendendo a que a Itália e Polónia tinham empatado na primeira parte da jornada da Liga das Nações.
Aproveitando a “alegria” do golo, Portugal afoitou-se e Bernardo Silva (53’), no seguimento de um canto, rematou para uma grande defesa do guardião italiano, situação idêntica à que se verificiu pouco depois (59’) mas em que a bola foi para fora.
Os italianos não “desistiram” do empate e Zaza (70’) num cabeceamento de criou perigo mas em que a bola passou ao lado.
Notou-se um certo “amornamento” do ritmo de jogo, criado também pelas substituições entretanto produzidas nas duas equipas, o domínio foi sempre lusitano, o que mais procurou o segundo golo e não conseguiu por falta de “arte e manhã”.
Coube a Renato Sanches (85’) tentar chegar ao 2-0 mas o 1-0 foi o resultado final, passando Portugal a lidera o grupo com 3 pontos, contra 1 da Polónia e de Itália.
Um triunfo que assentou bem a Portugal, que mais o mereceu pelo que jogou ante uma Itália que continua à procura da “identidade” perdida a época passada ao não se classificar para a fase final do mundial de futebol que decorreu na Rússia. Acontece aos melhores.
Segue-se (11 de Outubro) o Polónia-Portugal, com os restantes jogos a serem efectuados até 10 de Novembro, quando Portugal e a Polónia fizerem o último jogo.
Sob a direcção do árbitro escocês William Collum – que fez um trabalho positivo, em ajudados pelos respectivos assistentes – as equipas alinharam:
Portugal – Rui Patrício; Cancelo, Pepe, Rúben Dias e Mário Rui; Pizzi, Rúben Neves eWilliam Carvalho; Bruma, André Silva e Bernardo.
Itália – Donnarumma; Lazzari, Caldara, Romagnoli e Criscito; Cristante, Jorginho e Bonaventura; Zaza, Immobile e Chiesa.
Amarelos para: Criscito (41’), Rúben Neves (42’), Chiesa (58’), Berardi (69’) e Pepe (90’).